Pontes danificadas oferecem riscos para usuários

As duas estruturas, sendo uma de madeira e a outra de concreto, foram comprometidas pelas chuvas; Prefeitura informa que pediu urgência nos reparos

REGIÃO - ANDRÉ ESTEVES

Data 07/12/2018
Horário 07:55
Carlos Henrique Vernisse/Cedida - Ripas de madeira foram improvisadas na ponte para facilitar acesso de usuários
Carlos Henrique Vernisse/Cedida - Ripas de madeira foram improvisadas na ponte para facilitar acesso de usuários

Moradores de Regente Feijó estão preocupados com o mau estado de conservação de duas pontes que servem de acesso para o escoamento de produção agropecuária. De acordo com os reclamantes, as duas estruturas, situadas a cinco quilômetros da Granja Acampamento, no distrito de Espigão, estão com as cabeceiras danificadas, o que coloca em risco os usuários que dependem dos locais para travessia. Eles apontam que o problema persiste há três anos e, neste intervalo de tempo, a Prefeitura chegou a realizar reparos provisórios em ambos os pontos, no entanto, a força da chuva desfez os trabalhos. Agora, esperam medidas efetivas para resolver o problema, uma vez que o principal receio é que as pontes caiam e os transeuntes fiquem impedidos de realizar seus compromissos no município e em outras cidades da região. A municipalidade informa que já pediu urgência na regularização desses espaços.

Enquanto nada é feito, os próprios moradores se viram como podem. Para minimizar o risco de queda, o produtor de hortaliças, Carlos Henrique Vernisse, 41 anos, colocou ripas de madeira no lugar da antiga cabeceira para continuar atravessando uma das pontes, feita inteiramente de madeira. Contudo, a “gambiarra”, como ele mesmo chama, não anulou de vez o perigo. Tanto que, na semana retrasada, seu amigo, Antonio Rodrigues da Alencar, 43 anos, chegou a cair com o carro no vão enquanto levava a filha para um curso em Presidente Prudente. “Como o local está oco por baixo, a ponte não aguentou e meu veículo caiu. Precisei chamar o Carlos para me ajudar a tirar o carro do buraco. A barra de direção ficou danificada”, lamenta.

Como se já não bastasse a primeira, a segunda ponte, feita de concreto, também apresenta problemas. Antonio relata que a administração municipal incluiu, temporariamente, uma estrutura de madeira sobre a edificação e instalou uma placa proibindo a travessia de veículos pesados no trecho. Contudo, a recomendação vem sendo desatendida pelos usuários, que precisam dela para atravessar seus caminhões de gado. “Por conta disso, um veículo pode cair a qualquer momento ali. Uma perua escolar passa pelo lugar, então, várias crianças estão em perigo. Será que vão esperar uma tragédia acontecer para resolverem o problema?”, questiona o trabalhador.

Carlos também é afetado diretamente pela situação. Além de atravessar as pontes diariamente para vender hortaliças, é responsável por levar seu pai para fazer hemodiálise na Santa Casa de Misericórdia, em Prudente, durante três vezes na semana. “Se as duas pontes estiverem impedidas, eu fico sem saída. A ponte de concreto, por exemplo, está repleta de rachaduras. Se ela cai enquanto um caminhão passa por cima, eu não quero nem imaginar as consequências”, indigna-se.

Prefeitura

Em nota, a Prefeitura de Regente Feijó esclarece que o material para o conserto das pontes já está comprado. A ponte de madeira será refeita na sua totalidade e as obras devem começar nos próximos dias, enquanto a ponte de concreto requer um serviço “muito complexo” devido à sua estrutura e tamanho. Segundo a administração, há a necessidade de abrir licitação para contratar uma empresa com equipamentos de perfuração, a fim de refazer os pilares da ponte que estão danificados em virtude do grande volume de água das chuvas nos últimos dias. “Em reunião com a equipe de engenharia, o prefeito Marco Rocha [PSDB] pediu urgência na contratação da empresa e início das obras”, pontua.

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