Polícia reconstitui latrocínio praticado contra advogado

De Pirapozinho a distrito de Dumontina, em Presidente Bernardes, seis lugares foram visitados para refazer o passo a passo do crime

REGIÃO - THIAGO MORELLO

Data 12/12/2019
Horário 18:27
Jean Ramalho - Seis lugares foram visitados para refazer o passo a passo do crime
Jean Ramalho - Seis lugares foram visitados para refazer o passo a passo do crime

A tarde de ontem foi marcado por uma movimentação policial intensa e que cresceu os olhos de curiosos. De Pirapozinho ao distrito de Dumontina, em Presidente Bernardes, a Polícia Civil da cidade reconstituiu o passo a passo do crime de latrocínio -roubo seguido de morte- que resultou no óbito do advogado e professor Wagner Alonso Álvares, 74 anos.

À frente do efetivo, o IC (Instituto de Criminalística) e o policiamento visitaram os seis locais que fizeram parte do pré, durante e pós-crime. E todo o percurso foi acompanhado pelo autor, 26 anos, e a advogada que representa a família da vítima, além da Perícia Científica.

O primeiro local visitado foi uma lan house, onde supostamente o indivíduo compareceu três dias antes do dia do crime, comprou um chip de celular e efetuou ligações que seriam pertinentes ao fato. Em seguida, foi a residência da vítima. Depois, um ponto da Rodovia Olímpio Ferreira da Silva (SP-272), uma parada a um local que o autor teria pedido para ficar, no entanto, o advogado insistiu em leva-lo até o destino dele. Por fim, o lugar em que Wagner foi morto, seguido da casa onde mora um possível favorecedor no crime e o espaço em que o criminoso foi pego, oferecendo o veículo da vítima, que foi usado em todo o trajeto.

De acordo com o delgado responsável pelo caso, Rafael Guerreiro Galvão, a reconstituição foi solicitada por ele, a pedido da advogada da família da vítima. “O objetivo aqui é confrontar depoimentos e versões, localizar possíveis coautores do crime e se houve ou não uma premeditação”, completa.

A partir da reconstituição, a Perícia irá confrontar as informações com o laudo feito anteriormente. Ainda conforme o delegado, um novo parecer sairá em até 30 dias. Depois do efetivo, o autor foi removido de volta à Penitenciária Wellington Rodrigo Segura, em Presidente Prudente, no distrito de Montalvão, onde cumpre prisão preventiva.

 

CONHECIDO DA FAMÍLIA

Como já noticiado por O Imparcial, a família de Wagner registrou o seu desaparecimento no dia seguinte ao crime, 30 de outubro, depois de ele ceder carona para ao indivíduo que, até então, era dado como suspeito de um possível sequestro.

Desde o pedido de carona (na casa de Wagner) até o local da morte, passaram-se cerca de 40 minutos. Conforme o delegado, o acusado tem diversas passagens criminais, com registros de roubo, tráfico e lesão corporal. O que chama a atenção é que ele já era conhecido pela família da vítima “há um bom tempo”, completa.

Informações preliminares repassadas à Polícia Civil apontaram que havia 16 facadas no corpo de Wagner, sendo elas no pescoço e tórax.

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