Nesta semana, O Imparcial noticiou que agentes da Semav (Secretaria Municipal de Assuntos Viários e Cooperação em Segurança Pública) intensificam a fiscalização em linhas do transporte coletivo de Presidente Prudente. Tal medida foi tomada, principalmente, por conta de denúncias de usuários. Eles reclamaram à pasta sobre situações de superlotação nos veículos, especialmente nos itinerários do Conjunto Habitacional João Domingos Netto e no Jardim Humberto Salvador.
Para que a população usufrua, de fato, de serviços de qualidade, é de extrema importância que o poder público seja incansável, percorra in loco pelas áreas atendidas, ouça os anseios dos moradores, esteja realmente presente para melhorar a vida das pessoas. E isso não se limita ao transporte coletivo. É necessário recorrer às unidades de saúde, ligar para os departamentos públicos - sem se identificar - para saber como a população é tratada, andar pelas calçadas e ruas da cidade com olhar crítico, enfim, sair um pouco do conforto da sua sala com ar-condicionado.
Nos noticiários, ouvimos muitos políticos falarem sobre a “excelente” qualidade dos serviços prestados pelo poder público. Mas, se os atendimentos oferecidos são tão bons assim, porque nenhum deles recorre a um hospital do SUS (Sistema Único de Saúde) quando está doente? Por que seus filhos não estudam em escolas públicas ou se locomovem com transporte coletivo? A verdade é que a caminhada ainda é muito longa para que alcancemos serviços públicos de excelência.
Na realidade, isso só será possível quando nossos representantes, seus funcionários comissionados e os servidores públicos em geral se derem conta de que sua principal função é disponibilizar o melhor serviço à população. É preciso acabar de uma vez por todas com o pensamento individual em detrimento do coletivo. Afinal, ocupar um cargo público significa muito mais do que um emprego com um salário, representa o dever de buscar o desenvolvimento do país, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das pessoas.
