Em outubro, O Imparcial divulgou matéria sobre a produção de pitaia na região de Presidente Prudente, destacando que o oeste paulista é o maior produtor da fruta no Estado, sendo, inclusive, o maior fornecedor da cultura para a Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns de São Paulo) da capital. Tendo em vista a relevância da produção e comércio de pitaia é que a Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), em parceria com a Apta (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios), CDRS (Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável) e produtores rurais, realiza em Presidente Prudente o 1º Simpósio de Pitaia, com 150 inscrito, 95% produtores rurais.
Segundo o organizador e professor de Agronomia da Unoeste, Willliam Takata, 32 anos, foi identificada a necessidade de parceria entre os produtores e a academia para a troca de informações. “A pitaia é uma cultura nova no mundo todo, tendo sido introduzida na região de Prudente há cerca de 15 anos, e a demanda tem crescido muito”, comenta.
O principal foco, explica o docente, é trazer aos produtores novos genótipos, ou seja, novas genéticas da fruta que possuam mais sabor. “Foi introduzida na região uma pitaia de boa aparência, boa produtividade, mas com baixa aceitação do sabor”, expõe William. A intensão é trazer pesquisas que melhorem este quadro, além de novas técnicas e tecnologias de manejo das plantações. Foi sobre o cultivo e as perspectivas da cultura a palestra de abertura do evento, na manhã de ontem, ministrada pelo produtor e consultor Dejalmo Nolasco Prestes.
O produtor de pitaia, Shiroshi Hirae, 59 anos, confirma as falas de William, garantindo que a cultura tem dado ótimos retornos e os próximos passos são justamente a introdução de novas tecnologias e genótipos com melhoramento.
PRÓ-REITOR ANALISA
PARCERIA E EXTENSÃO
O pró-reitor da Unoeste, José Eduardo Creste, afirma que a universidade possui pesquisadores e professores que se interessam pela produção de pitaia, uma cultura, de acordo com ele, rentável, exótica, mas que ainda é deficiente de informações e tecnologias relacionadas ao processo de produção, como irrigação, adubação, nutrição e afins. “Temos que compilar informações e desenvolver a cultura e tecnologias. Ainda hoje, poucas pessoas conhecem a pitaia”, completa.
PROGRAMAÇÃO SEGUE HOJE
8h - Evolução da comercialização de pitaia
9h15 – Avaliação nutricional em pitaias
10h30 – Cultivo orgânico de pitaia
12h – Almoço
14h – Mesa redonda: Conservação pós-colheita de pitaia
16h30 – Biologia floral e polinização em pitaia
Fonte: Organização do evento