Pirapozinho registra 27 casos de mão-pé-boca

REGIÃO - JANAÍNA TAVARES

Data 22/04/2018
Horário 11:58
Arquivo, Elaine ressalta que PP ainda não foi afetado pela síndrome
Arquivo, Elaine ressalta que PP ainda não foi afetado pela síndrome

A cada semana que passa, a doença viral mão-pé-boca é uma realidade cada vez mais próxima no oeste paulista. A síndrome, que se destacou na região a partir deste ano, já tem seus reflexos em algumas cidades. Pirapozinho, por exemplo, contabiliza até o momento, 27 casos da síndrome, segundo a Prefeitura, por meio da Divisão Municipal de Saúde, que revela também 800 ocorrências de conjuntivite.

Em matéria divulgada por este periódico no início do mês, o surto de conjuntivite registrava 760 notificações e 21 casos da síndrome na cidade. Os números das duas doenças são notificados semanalmente pela Vigilância Epidemiológica de Pirapozinho, onde o primeiro registro de conjuntivite foi registrado no começo de março, enquanto a síndrome mão-pé-boca começou a ser notificada neste mês. Contudo, a Prefeitura destaca que houve “leve” queda de incidência das duas doenças analisadas em relação à semana anterior.

Com 14 unidades de educação infantil e fundamental, além de três estaduais e três particulares, Pirapozinho realiza, atualmente, reuniões em todas as instituições de ensino devido à preocupação dos números de casos aumentarem ao longo dos meses. Conforme a Prefeitura, professores das escolas públicas e particulares e entidades assistenciais passaram por “treinamento com o objetivo de oferecer orientações nas formas de prevenção e identificação dos primeiros sintomas da síndrome”.

Assim, desde começo de abril, profissionais da educação têm feito reuniões específicas para os pais dos alunos com um representante da Saúde ou Vigilância Epidemiológica, responsável por ministrar as orientações a respeito de higiene pessoal dentro das unidades escolares. Tanto a síndrome como a conjuntivite colocam os municípios em sinal de alerta. Já em Presidente Prudente, de acordo com a VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal), não há nenhum registro da síndrome mão-pé-boca.

“As informações atuais é que nosso município não foi afetado por mais uma doença”, comenta a diretora da Vigilância Epidemiológica de Prudente, Elaine Bertacco, que explica que como este tipo síndrome é contabilizado através de notificação compulsória, “é necessário que as unidades de saúde da cidade enviem uma planilha com informações se teve alguma ocorrência que indique a síndrome na população ou de qualquer outra doença”.

Semanalmente, a Vigilância Epidemiológica de Prudente recebe as planilhas das unidades de saúde, entretanto, os formulários da última semana ainda não foram repassados. Conforme a responsável, os números de conjuntivite não foram atualizados e se mantêm em 841 notificações, como publicado por este periódico em 6 de março.

 

Entenda a síndrome

A doença viral causada pelo vírus coxsackie acomete, principalmente, crianças do período da primeira infância, em média até os 5 anos de idade, de acordo com o médico infectologista, André Luiz Pirajá da Silva. Nos dois primeiros dias, ele comenta que a doença pode ser confundida com a gripe, já que apresenta sintomas parecidos, entretanto, a partir do quarto dia, a criança já apresenta febre alta de 38°C a 39°C, lesões nas mãos, pés e boca, assim como feridas avermelhadas e o surgimento de bolhas.

“O diagnóstico prioritário é o clínico, porque os pais precisam estar cientes que não é aconselhável medicar os filhos por conta própria”, analisa o infectologista. Por não ter um tratamento específico e durar em torno de sete a dez dias, apenas com repouso e remédios orais para dor e febre, a forma de contágio acontece na transmissão oral por meio de gotículas, contato com secreções respiratórias, beber água contaminada, entre outros fatores.  

 

 

Para se proteger da síndrome mão-pé-boca, o essencial é a correta higienização das mãos de adultos e crianças na hora de preparar refeições ou usar o banheiro, além de evitar lugares aglomerados onde a pessoa fica mais suscetível a pegar não apenas a síndrome, mas também outras doenças. De acordo com o médico infectologista, a limpeza diária dos estabelecimentos de compartilhamento também deve ser prioridade, assim como a higiene das roupas das crianças.

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