PIB regional fecha 1º trimestre com R$ 5,5 bilhões

Dados divulgados ontem pela Fundação Seade mostram que a 10ª RA do Estado de São Paulo, que é a região de Prudente, de 16 regiões, ficou com a 11ª colocação no ranking estadual

REGIÃO - GABRIEL BUOSI

Data 11/09/2019
Horário 04:00

A Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) divulgou ontem os dados do PIB (Produto Interno Bruto) do Estado de São Paulo no primeiro trimestre de 2019 e uma análise do acumulado dos 12 meses anteriores a este período. Conforme o levantamento, o valor corrente para os três primeiros meses deste ano ficou em R$ 5,555 bilhões na 10ª RA (Região Administrativa) do Estado de São Paulo, que é a região de Presidente Prudente, sendo que, de 16 regiões, a do oeste paulista ficou com a 11ª colocação.

Ainda conforme a Fundação Seade, mesmo assim, o Produto Interno Bruto no acumulado dos últimos quatro trimestres anteriores ao analisado pela pesquisa registrou uma queda de 3%, já que os setores tiveram os seguintes resultados: agropecuária, com queda de 2,1%; indústria com -6,4%; e serviços, com 0,9%. Se analisados os valores dos cinco trimestres envolvidos no levantamento, é possível ver que do início do ano de 2018 para o ano de 2019 houve oscilação em reais no PIB regional.

Isso porque, (veja a tabela) o primeiro trimestre do ano passado fechou com o valor corrente de R$ 5,980 bilhões, que aumentaram para R$ 6,631 bilhões nos três meses seguintes e cresceram ainda mais no terceiro trimestre, fechando em R$ 7,572 bilhões. A partir do quarto trimestre é que os valores voltam a cair, já que nos últimos três meses do ano a quantia caiu para R$ 6,868 bilhões e R$ 5,555 bilhões no mais recente levantamento.

Análise dos dados

Ontem, para a reportagem, o presidente do Sindicato Rural de Presidente Prudente, Carlos Roberto Biancardi, analisou os dados do setor agropecuário e disse que a queda em números se refere a diversos fatores, como a queda, por exemplo, na produção de álcool e açúcar. “Houve fechamento de usinas na região neste período e essas áreas deixaram, desta forma, de produzir, o que traz reflexos para a produção final”. Além disso, ele esclarece que em reais essa produção ainda é influenciada pela oscilação do dólar e que constantemente tem suas cotações atualizadas. “De qualquer forma, continua sendo a atividade com mais estabilidade na sua participação na produção regional”.

O setor de indústrias teve o pior desempenho regional e, conforme já adiantado para este diário pelo diretor regional do Ciesp/Fiesp (Centro e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Wadir Olivetti Júnior, os dados podem ter sido prejudicados, principalmente, pela ausência de indústrias com produtos “mais elaborados” e melhores tecnologias, que não vieram para a região. “Essa situação é um reflexo, principalmente, de uma região mais agropecuária e da fuga de indústrias para regiões que ofertam benefícios como incentivos fiscais”.

Serviços foi o setor que teve a menor variação negativa e o resultado já poderia ser esperado por parte do gerente regional do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), José Carlos Cavalcante. Ele comentou para O Imparcial que “não é de hoje que o setor apresenta resultados favoráveis”, principalmente porque as prestadoras de serviço exigem menor volume de capital para quem vai começar. “Passa a ser um setor atrativo”.

PRODUTO INTERNO BRUTO          
  Em milhões de reais
10ª Região Administrativa 1º trimestre de 2018 2º trimestre de 2018 3º trimestre de 2018 4º trimestre de 2018 1º trimestre de 2019
PIB 5.980 6.631 7.572 6.868 5.555
Agropecuária 215 341 879 398 174
Indústria 1.494 1.987 2.251 1.778 1.478
Serviços 3.765 3.843 3.856 4.170 3.358
Fonte: Fundação Seade          
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