Todo mundo tem uma lembrança da infância que carrega com carinho no coração, certo? Para a prudentina Karina Ribeiro, mesmo sem ela saber, foi uma dessas que a proporcionou o início para uma carreira profissional como pescadora esportiva. Além da memória afetiva, o entendimento e a importância da preservação animal que a atividade também lhe mostrou, garantiu com que a paixão aumentasse cada vez mais.
E tal lembrança foi construída desde novinha, por volta dos 10 anos de idade, segundo ela, quando começou a aprender os primeiros passos com o próprio pai. Isso foi quando a família abriu um pesque e pague, em Presidente Pudente mesmo. “Eu me lembro daí essa paixão pelo peixe, que nasceu e nunca parou”, completa Karina.
De tal forma que mesmo diante do fechamento do local, ela decidiu reabri-lo-. “Em 2015 reabri o pesqueiro e desde então a paixão pela pesca só aumento. Porém, aprendi a pescar por esportividade, o famoso pesque e solte. Melhor dizendo, a pesca esportiva”, pontua. Mas, foi a partir daí que ela também admite que começou a entender a importância de preservar o peixe, de divulgar a pesca esportiva e ter turmas de pesca.
O melhor entendimento da atividade fez com que ela também pudesse ter novas experiências. Da pesca tradicional, Karina conheceu também a pesca embarcada e se apaixonou ainda mais pelas diferentes espécies e por tudo o que o estilo da prática representa. “A conquista é a todo momento! Cada local frequentado, espécie fisgada e solta novamente pra vida não tem preço! Saber que preservamos hoje pra nossos futuros filhos, netos e bisnetos pescarem no futuro, é sensacional. Não tem preço que pague!”, frisa.
E, por falar em futuro, mesmo admitindo não ter muitas ambições, por crer que “as coisas acontecem como têm que acontecer e na hora certa”, ela revela uma vontade: conhecer o mundo todo e pescando. “Quem sabe? Seria sensacional”, brinca.
ROTINA DE UMA PESCADORA
A pesca pode não ser diária, mas ao menos para ser semanal o esforço existe. Com a correria do dia a dia, a pescadora diz que tenta otimizar o tempo para que a atividade não fique em segundo plano. Mas, se não ocorre na prática, a teoria não falta. “Assisto pescadores famosos, dentre eles uma mulher que muito admiro como pessoa e que pesca demais. Ela é de Curitiba [PR] e hoje em dia mora em Miami, é guia de pesca lá. Luana Piagatto”, para ela, isso faz com que consiga ser ainda mais experiente no assunto.
E na prática isso também não falta. Recentemente, ela participou de um mundial de pesca, em Goiás, no Rio Araguaia, em são Miguel do Araguaia - distrito de Luiz Alves. A pesca foi na bacia amazônica, que também banha o estado goianiense. “Pra mim foi um mega prazer participar, ainda mais que de brasileira mulher havia apenas eu [do Estado de São Paulo] e outra pescadora do estado do MT [Mato Grosso]”, explica. No total, eram dois argentinos, dois chineses, dois japoneses e seis brasileiros, sendo duas mulheres.
#SEMPRECONCEITO
“Nunca passei nenhum preconceito por ser pescadora. Pelo contrário, as pessoas admiram e me parabenizam. Sou grata a Deus pela oportunidade de me fazer trabalhar com algo que eu realmente amo”
Karina Ribeiro
pesca & entretenimento
Nas telinhas, a prudentina também tem espaço. No canal do Youtube Girls Pesca, ela participa de um reality show chamado “Pesca Com Viola”, onde a violeira Bruna Viola participa. São apenas mulheres. Além disso, ela tem um quadro chamado “Nossa Pesca”, dentro do programa Verdades de Pescador, no canal Climatempo Bio. Canal fechado.