Pequenas e médias confirmam recuperação econômica

Contexto Paulista

COLUNA - Contexto Paulista

Data 09/11/2019
Horário 04:55

Dados de setembro do Estudo Sondagem Conjuntural, do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), apontam para a retomada do otimismo entre os donos de micro e pequenas empresas no país. Segundo o levantamento, seis em cada 10 empresários (58%) têm planos de investir no próprio negócio em 12 meses. A pesquisa ouviu quase 3 mil empreendedores entre os dias 11 e 18 de setembro. A pesquisa mostra que 62% dos empreendedores entrevistados estão na expectativa de aumentar o faturamento e 93% dos que estão otimistas acreditam que o crescimento dos negócios se dará com o governo atual. Entre os setores mais otimistas destacam-se o da construção civil (65%) e empresas de pequeno porte em geral. Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, os pequenos negócios têm sido um dos alavancadores da economia no Brasil, pois são eles que estão gerando mais empregos e renda. "Os donos de micro e pequenas empresas estão confiantes no futuro do país”, afirma. “Somente este ano, foram mais de 670 mil vagas criadas pelas micro e pequenas empresas, o que representa cerca de 90% do total de postos de trabalho com carteira assinada, superando todo o saldo de 2018”, diz ele.

Números da pesquisa

Total recorde de empresários (35%) quer contratar funcionários nos próximos 12 meses; o percentual de empresários otimistas com o futuro da economia aumentou de 56% para 59%; este percentual é o terceiro maior da série iniciada em 2017, e superou em 55% o do mesmo mês de 2018; o total de empreendedores otimistas em relação ao faturamento de suas empresas subiu para 62%; 93% dos otimistas com a economia acreditam que o país irá crescer mais com o governo atual; o otimismo é mais expressivo entre as EPP e os que atuam na construção civil; cerca de 6 em cada 10 empresários (58%) querem investir nos próximos 12 meses.

De vento em popa

O Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais registrou alta de 0,5% em setembro ante agosto, segundo anunciou quinta-feira o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). No terceiro trimestre fechado, o indicador registrou alta de 2,8% ante o segundo trimestre. Na comparação com setembro do ano passado, houve aumento de 4,3% na demanda por bens industriais. O Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais é calculado a partir da produção industrial interna, excetuadas as exportações e acrescidas as importações.

Quarta Revolução Industrial

O governo estadual aprovou esta semana iniciativas para inserir pequenas e médias empresas na Quarta Revolução Industrial, de forma a “acompanhar o ritmo das mudanças tecnológicas no mundo”, segundo o anúncio oficial. Programa piloto será desenvolvido com 130 pequenas e médias empresas, que testarão uma nova abordagem política desenvolvida pelo Fórum Econômico Mundial, pelo Ministério da Economia e pelo governo de São Paulo. Até 2021, 2 mil empresas se unirão. A iniciativa integra o projeto CITI (Centro Internacional de Tecnologia e Inovação), que visa criar o Vale do Silício Brasileiro no Estado de São Paulo.

Veículos em alta

A produção de veículos cresceu 16,6% em outubro, com a fabricação de 288,5 mil unidades. Segundo o balanço divulgado pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), o número representa uma elevação de 9,6% em comparação a outubro de 2018. Nos primeiros dez meses do ano, foram produzidos 2,55 milhões de veículos, um aumento de 3,6% em relação aos 2,46 milhões fabricados de janeiro a outubro do ano passado. As vendas tiveram alta de 7,9 % em outubro na comparação com setembro deste ano

Investimento no interior

O grupo japonês Oji Holdings Corporation anunciou investimento de R$ 500 milhões para a empresa OJI Papéis Especiais, de Piracicaba, líder nacional na fabricação de papéis térmicos e autocopiativos. A informação é do “Jornal de Piracicaba”, da Rede APJ (Associação Paulista de Portais e Jornais). A produção de papéis térmicos, utilizados no varejo em comprovantes fiscais, recibos diversos e no crescente mercado de etiquetas para impressão de código de barras, é o alvo do investimento que aumentará a capacidade produtiva em mais de 80%, saindo de 80 mil toneladas para 150 mil toneladas ano.

Projeto em Piracicaba

O pacote de investimento da holding prevê a ampliação do espaço fabril com 6 mil m² (metros quadrados) para a instalação de uma nova máquina de revestimento de papel, além da modernização de outros equipamentos da planta. A previsão é que a nova capacidade produtiva esteja instalada até dezembro de 2021 e comece a operar no início de 2022. Segundo o presidente da empresa, Agostinho Monsserrocco, o investimento propiciará vantagem competitiva à empresa. “A inovação tecnológica possibilitará redução de custo e melhorias na qualidade dos produtos, o que viabilizará a entrada em mercados mais exigentes”, destaca.

Publicidade

Veja também