Em Presidente Prudente, a CEF (Caixa Econômica Federal) realizou 15.013 contratos e renovações para penhor durante o primeiro semestre deste ano, o que resultou na movimentação de R$ 23,4 milhões. O valor representa uma queda de 3,04% em relação ao mesmo período de 2017, quando os 15.634 acordos firmados e renovações geraram a cifra de R$ 24,1 milhões, conforme dados disponibilizados pela instituição financeira. Embora o montante tenha recuado no intervalo de tempo analisado, o desempenho é considerado “estável” pela empresa. Para o educador financeiro Moisés Martins, esta modalidade de empréstimo serve de alternativa para quem busca um procedimento rápido, sem burocracia e com taxas de juros menores, além de ser vantajosa tanto para o banco, que dispõe de uma garantia, quanto para o cliente, o qual pode liquidar a dívida conforme sua disponibilidade orçamentária.
Em linhas gerais, Moisés explica que o penhor ocorre quando uma pessoa decide retirar um empréstimo e, em troca, concede ao banco um objeto de valor, preferencialmente joias. Na ocasião, um especialista faz uma avaliação do referido objeto e, com base nisso, calcula o valor do crédito. “Suponhamos que o preço de uma joia seja estimado em R$ 1 mil, a CEF oferece R$ 600”, exemplifica. Como o objeto fica sob a custódia da instituição, as taxas de juro automaticamente são menores, o que garante ao cliente uma linha de crédito mais econômica. O educador financeiro completa que, inicialmente, é definido um prazo para o pagamento do empréstimo, o qual pode ser sucessivamente renovado por meio de um caixa eletrônico. “Se, ainda assim, a pessoa não conseguir pagar, a Caixa também não perde, pois está com o objeto de valor”, reforça.
Moisés não acredita que esta prática caiu em desuso e continua muito procurada por quem busca uma opção fácil e que, com o passar do tempo, se tornou segura, justamente para evitar que sejam entregues objetos roubados ou furtados. “O cliente precisa ser devidamente identificado ao solicitar o empréstimo, a fim de que esses riscos sejam eliminados”, pondera.
Dinheiro em mãos
A CEF complementa que são aceitas como garantias as joias confeccionadas em ouro, platina, prata, diamantes e pérolas, além de relógios ou canetas de valor, sendo que, após o contrato ser liquidado, o objeto é devolvido ao cliente. Conforme a instituição, até mesmo quem possui ocorrências no cadastro restritivo está apto para contratar a modalidade, sem a necessidade de comprovação de renda e avaliação de risco.
Após a assinatura do acordo, o interessado já sai com o dinheiro em mãos e, futuramente, pode renovar a quitação por meio do pagamento de juros correspondente ao novo prazo. A instituição pontua que o penhor é semelhante a outras linhas de crédito, como o consignado, em que a garantia é o salário; imóvel próprio, em que a garantia é o imóvel; e aporte auto, em que a garantia é o automóvel.
SERVIÇO
Em Prudente, a agência da CEF que oferece este tipo de atendimento está localizada na Avenida Coronel José Soares Marcondes, 1199, centro. Em caso de dúvidas ou interesse, o telefone para contato é o 3907-9200.
NÚMEROS
R$ 23.436.666,29
foi o valor movimentado pelo penhor no 1º semestre de 2018
R$ 24.173.134,64
foi a soma registrada com o empréstimo no mesmo período de 2017