Quando, em 23 de outubro, o Centro de Eventos IBC (Instituto Brasileiro do Café) tornou-se um patrimônio histórico, cultural e arquitetônico de Presidente Prudente, o madeiramento do prédio, construído na década de 1930, quando o café figurava como principal cultura agrícola da região, passava por manutenções de modo a preservar as vigas, restaurando àquelas que apresentem deterioração, rachaduras ou até presença de cupins. O valor destinado à empresa terceirizada pela obra foi R$ 17 mil, de acordo com a Secom (Secretaria de Comunicação) da prefeitura prudentina.
As manutenções, entretanto, explica o secretário de cultura, José Fábio Sousa Nougueira, são ininterruptas, possuindo, o IBC, quatro funcionários permanentes que se atentam à madeira, cobertura e toda infraestrutura do prédio construído com arquitetura inglesa. Aproximadamente R$ 20 mil anuais são destinados às pequenas obras no local.
A reportagem de O Imparcial questionou o Comudephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico de Presidente Prudente), através de seu presidente, o professor Josué Pantaleão, sobre a regularidade das obras, visto que qualquer intervenção no prédio precisa, após o tombamento, de análise e autorização do próprio conselho. Josué afirma que as obras não descaracterizam o espaço, apenas há manutenção, vislumbrando a segurança dos visitantes e a própria integridade do IBC, e, portanto, são legais e necessárias.
Compartilha do mesmo discurso o representante da Secult (Secretaria Municipal de Cultura), o produtor cultural, Denílson Biguete. Segundo ele, foi contratada uma empresa especializada na manutenção da madeira. “Por ter sido tombado, precisa mais do que nunca deste zelo, faremos manutenções cotidianas por ser um prédio antigo”, enfatiza.
SEGURANÇA EM
EVENTOS NO IBC
No IBC, salienta o produtor cultural, diversos eventos de destaque no calendário prudentino são sediados, a maioria gastronômicos, e que envolvem grande público. Festa das Nações, Batatec, Festa da Cerveja,, além de feiras e mostras como a de Carros antigos e de Maquinas Agrícolas. “Não podemos correr o risco de soltar algum caibro ou viga que possa machucar alguém”, pontua Denílson.
Além da segurança, outro aspecto felicita os responsáveis pela cultura prudentina, todos se empenham em manter a beleza daquele espaço grandioso e raro, com estrutura de madeira que não utiliza um prego ou parafuso sequer e que encanta os visitantes.
A reportagem tentou contato com a empresa responsável pela obra de manutenção, mas foi informada que não se pronunciariam, visto que somente a Secult está autorizada para falar do assunto.
“Por ter sido tombado, precisa mais do que nunca deste zelo, faremos manutenções cotidianas por ser um prédio antigo”
Denílson Biguete
