Páscoa solidária anima crianças do Lar Santa Filomena

PRUDENTE - GABRIEL BUOSI

Data 16/04/2019
Horário 06:20
José Reis - No Lar Santa Filomena, jovens da Fundação Mirim realizaram oficinas, como a de informática
José Reis - No Lar Santa Filomena, jovens da Fundação Mirim realizaram oficinas, como a de informática

Funcionários e jovens da Fundação Mirim, de Presidente Prudente, promoveram ontem uma tarde diferenciada para as crianças e adolescentes atendidos pelo Lar Santa Filomena. Com a aproximação da Páscoa, os jovens realizaram oficinas de desenho, pintura, informática, além de atividades esportivas e distribuição de chocolates em alusão ao feriado, que teve como o tema a Páscoa solidária. A reportagem esteve no local e notou que o resultado, além da interação, foi visto no sorriso de cada uma das 60 crianças beneficiadas. “Em um mundo tão intolerante, falar sobre empatia vem para somar muito”, afirma o instrutor de aprendizagem da Fundação Mirim, Rodrigo Stuchi. Ação semelhante será realizada hoje, no Lar dos Meninos.

Segundo o profissional, a iniciativa das atividades surgiu a partir de uma aula em que se debatia a sustentabilidade, que, segundo ele, é movida por três pilares e que são capazes de realizar transformações: o social, econômico e ambiental, de forma que o primeiro deles é trabalhado em encontros solidários como os dois pensados e realizados pela instituição. “Viemos com aproximadamente 35 mirins e que estão empolgados. Penso que assim podemos levar a solidariedade e nos colocar no lugar do próximo, o que é importante nos dias de hoje”, norteia.

A coordenadora do lar, Paula Goes Rosa, afirma ver com bons olhos a iniciativa e ressalta que as crianças se sentem gratas por ver que a comunidade tem abraçado a causa a cada dia que passa, sendo que diversas são as ações que visam o bem-estar de cada uma delas ao longo do ano. “As atividades vão ao encontro com os nossos objetivos, pois possuem um caráter social e promovem ações que muitas vezes não são vividas pelas crianças fora daqui, já que elas estão em situações de risco”. O retorno após cada um dos encontros, segundo ela, é notório a partir dos depoimentos e cobranças positivas em relação a quando uma nova ação será oferecida. “Eles ficam ansiosos e isso nos deixa feliz”, fala.

Conforme a coordenadora, hoje o lar desenvolve duas linhas de proteção. A primeira delas, chamada de proteção básica, atende 161 crianças de zero a seis anos, sendo que meta era a de atender 150, além das 32 que estão em lista de espera. “A intenção é a de proporcionar no horário oposto ao da escola as atividades como música, biblioteca, informática e educação física, além das refeições e atendimento psicológico e social”. Já o acolhimento institucional, que abriga de zero a 18 anos, possui 45 vagas como meta, sendo que atualmente 38 crianças são acolhidas. 

Contato solidário

A jovem de 17 anos, Júlia Gomes Espinoza, faz parte da Fundação Mirim e esteve no lar na tarde ontem, quando auxiliou nas oficinas realizadas para as crianças. Ela afirma que já teve contato com a solidariedade em demais ocasiões e afirma que nesta, em especial, foi importante para tirar as crianças da rotina. “Acho muito legal a gente proporcionar um contato que normalmente eles não possuem no dia a dia. Pelo pouco que vi agora no começo das oficinas, elas estão muito empolgadas e com muita alegria no rosto”.

A amiga dela de 17 anos, Berta Lúcia da Silva, também da fundação, afirma que foi a primeira vez que teve uma atividade parecida e ressaltou estar “gratificada”. “Aprendemos aqui com cada um deles e sei que é um privilégio poder fazer parte de tudo isso”.

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Berta Lúcia, aprendiz

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