Paralisação e protesto: escolas sem aula

Servidores estaduais da região estiveram ontem, na capital paulista, protestando contra a votação em segundo turno da PEC 18

REGIÃO - THIAGO MORELLO

Data 04/03/2020
Horário 05:33

Em meio à votação em segundo turno da PEC 18 (Proposta de Emenda à Constituição), que prevê a reforma na previdência estadual, servidores de todo Estado protestaram pelos corredores da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), na manhã de ontem. Contrários à proposta, eles se reuniram e promoveram uma paralisação na rede pública, que também resultou em escolas sem aulas na região. Conforme a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), pelo menos 82% das unidades de ensino regionais foram afetadas.

A informação foi confirmada pelo dirigente do sindicato, Willian Hugo Côrrea dos Santos. Também presente na capital paulista, ele conta que os servidores protestaram contra alterações propostas no texto da PEC 18, principalmente no que tange ao aumento da idade mínima para aposentadoria e no percentual de contribuição mensal (de 11% para 14%). “Mas num protesto legal, sofremos muita repressão policial, com balas de borracha e bombas de gás, e fomos expulsos dos corredores da assembleia”, completa. À reportagem, ele conta que aproximadamente 2,2 mil servidores participaram da paralisação.

Mas, mesmo diante o protesto, o texto-base da reforma da previdência foi aprovado por 59 votos a favor. E, por conta dessa situação, Willian declara que haverá um encaminhamento, por parte de todo o funcionalismo, marcando uma greve geral no Estado.

REPOSIÇÃO

DE AULAS

A Seduc-SP (Secretaria da Educação do Estado de São Paulo) orientou que todas as escolas estaduais permanecessem abertas, mas lembrou que as unidades possuem autonomia para definir o calendário letivo de 200 dias, que deve ser encerrado, no mínimo, até o dia 23 de dezembro. “Até às 11h de hoje [ontem], 95% dos docentes estiveram presentes em salas de aula. Nos casos de faltas, o superior imediato irá analisar a justificativa apresentada, de acordo com a legislação”, informa, por meio de nota. A secretaria frisa, ainda, que a valorização do professor, figura central no processo de aprendizagem, é prioridade. “A pasta confia em seus professores e acredita que vão saber agir da melhor forma possível”.

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