As casas de alto padrão e mansões que compõem o cenário da Chácara do Macuco, em Presidente Prudente, parecem não se encaixar naquela localidade. Ultrapassado o limite das calçadas jardinadas e das fachadas sem muros ou portões, o que se constata são as vias esburacadas, o grande número de terrenos baldios em más condições de conservação e até mesmo a abertura de um buraco em decorrência de um processo erosivo. A própria dimensão do loteamento passa a sensação de esquecimento. Nas quatro quadras, estão distribuídas apenas 11 construções. Em um canto do loteamento, uma casa abandonada chegou a ser, por um período de tempo, alvo de invasores.
A doméstica Telma dos Santos Viana, 39 anos, relata que os tais invasores eram pessoas que vinham de fora e aproveitavam a desativação da residência para fazer bagunça. Já o engenheiro civil Igor Magro Hernandes, 23 anos, aponta que a brincadeira terminava sempre que o policiamento era acionado. “Mas desde que colocaram muro na propriedade, a prática deixou de ocorrer”, comenta.
A cozinheira Maria de Lourdes Leite, 57 anos, afirma que, desconsiderados esses episódios, o bairro sempre foi muito seguro e tranquilo. O problema maior se concentra, em sua opinião, na manutenção dos espaços públicos, como no caso do asfaltamento. Segundo ela, as vias estão comprometidas e já até formam poças de água nos dias de chuva. Por esta razão, solicita a execução do recapeamento na localidade, com o objetivo de melhorar a qualidade do asfalto e valorizar a estética das ruas.
É também este o pedido do corretor de imóveis Edson Machado, 69 anos, que acrescenta ainda a necessidade de uma intervenção da Prefeitura em um buraco formado por um processo de erosão no final da Rua Ângelo Sperini. O logradouro é sem saída e, por isso, dispõe de uma rotatória para quem deseja fazer o retorno. Ocorre que ali está o buraco, o qual já se amplia “há anos” e ameaça a segurança de qualquer motorista que passar por ali e não perceber a sua presença. “O buraco está ficando mais fundo a cada vez que chove e há o risco de um carro cair ali”, alerta.
Informada sobre a demanda do recapeamento e por providências no buraco em questão, a Secom (Secretaria Municipal de Comunicação) informou que a Sosp (Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos) verificará a possibilidade de realizar as melhorias necessárias.
Edson se incomoda ainda com a omissão dos donos de terrenos baldios na localidade. Para ele, os responsáveis poderiam fazer a limpeza e roçada da área com mais frequência. O engenheiro civil Igor completa que há um senhor que é contratado pelos proprietários para cuidar destes terrenos, mas que “sozinho, não dá conta”.
Em nota, a Seplan (Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Habitação) comunica que conta com fiscais responsáveis por esse setor para a fiscalização periódica de terrenos particulares. “No local, os lotes variam de 500 m² (metros quadrados) a 1000 m² e recebem, em média, três notificações por ano para que os proprietários mantenham a conservação e roçagem”, pontua.