Pai e filho: uma paixão pelas piscinas

Euro de Oliveira Melo, que fez 93 anos ontem, e seu filho, Raul, 70 anos, competiram no Open Paulista de Piscinas Curtas, em São Paulo, no fim de semana, ambos conquistando duas medalhas  

Esportes - OSLAINE SILVA

Data 25/10/2019
Horário 06:07
 Arquivo / José Reis - Euro guarda bem suas relíquias, mais ou menos 500 medalhas de ouro, prata, bronze
Arquivo / José Reis - Euro guarda bem suas relíquias, mais ou menos 500 medalhas de ouro, prata, bronze

Os nadadores máster Euro de Oliveira Melo, que completou 93 anos ontem, e seu filho, Raul Oliveira Mello, 70 anos, competiram no Open Paulista de Piscinas Curtas, promovido pela Associação Paulista Master de Natação, no Clube dos Pinheiros, em São Paulo (SP). O pai competiu em duas provas, 50 m (metros) costas e 50 m livre, ganhando as duas. O filho competiu em três, 50 m borboleta, 50 m e 100 m peito, vencendo as duas últimas.

“Tentei bater meu recorde de um ano atrás, 52’90, mas não consegui. Acho que este ano não vou competir mais. Estou bastante cansado, afinal não é fácil 93 anos, não é mesmo? [risos]. Talvez, se eu mudar de ideia, vá para mais um campeonato em Ribeirão Preto [SP]. Talvez”, expõe.  

Senhor Euro é um apaixonado nato por esportes e, durante uma entrevista que foi feita com ele no início de agosto, mostrou à reportagem um armário onde estão muito bem guardadas suas relíquias, mais ou menos 500 medalhas de ouro, prata e bronze de várias competições, além de troféus. Dentre elas, cinco Top 10, uma do ano de 2014!

“ESTOU BASTANTE CANSADO, AFINAL NÃO É FÁCIL 93 ANOS, NÃO É MESMO? [RISOS]. TALVEZ, SE EU MUDAR DE IDEIA VÁ PARA MAIS UM CAMPEONATO EM RIBEIRÃO PRETO. TALVEZ”

Euro de Oliveira Melo

Para explicar como tudo começou nesse mundo esportivo, ele narrou que poderia descrever esta parte de sua história em duas fases, sendo a primeira até os 27 anos, quando ele morava na capital, e enquanto estava na faculdade, fazia atletismo (100 e 200 m - metros rasos). O senhor Euro chegou a integrar o São Paulo Futebol Clube, que segundo ele, era o melhor da modalidade.

Imagine que o nosso nadador chegou a fazer parte da Seleção Brasileira de Atletismo e foi convidado para a Olímpiada de 1952, mas não alcançou o índice, no Rio de Janeiro, que naquele tempo era 10’4, e ele fez 10’8. Ele se formou e largou o atletismo para trabalhar (advogar). Mas nunca deixou de praticar esportes, especialmente a natação. E a segunda parte começou a partir do ano 2000, exatamente quando se  aposentou, e segue até os dias de hoje.

 

 

 

 

 

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