Orgulho define conquista de bailarina 

VARIEDADES - OSLAINE SILVA

Data 12/12/2018
Horário 05:15
Divulgação / Bruno Fernandes e Heloisa Rotta: Tudo começou quando ela tinha apenas 6 aninhos, hoje ela Mariana é Advanced 2
Divulgação / Bruno Fernandes e Heloisa Rotta: Tudo começou quando ela tinha apenas 6 aninhos, hoje ela Mariana é Advanced 2

Mariana Silva

BAILARINA

No Topo! Que orgulho para a dança prudentina! Mariana Silva é a primeira bailarina da região a receber o diploma de Advanced 2 da RAD (Royal Academy of Dance). O mais alto grau dos exames da instituição. A bailarina fala nesta entrevista um pouquinho dessa experiência, de todo o seu esforço para tal conquista. Lembra o início de tudo quando aos 6 anos começou seus estudos na dança em um projeto no Lar Santa Filomena em Presidente Prudente, e aos 8, seu tio, que costurava fantasias para uma escola particular da cidade conseguiu uma vaga para ela. A jovem exalta seus mestres: “Aprendi meu primeiro plié com Alana e Ioma Buonamici. Atualmente tenho a Helga Urel, mestra que me preparou para todos os exames da RAD. Além da Beth Libório e Nélio de Paula”.

 

Chegar a essa conquista foi difícil?

A RAD é uma instituição conhecida e renomada mundialmente, são diversos estudantes que se prestam a estudar as matérias e prestar o exame. A cada nível vai ficando mais difícil. Para mim foi, em especial neste, pois exige muito tempo de aula e técnica afiada para este grau. Mas ao mesmo tempo foi muito gratificante, principalmente por ser a primeira de região a conquistar este título. Muito feliz!

 

O que isso representa em sua carreira de bailarina?

Para mim é uma conquista enorme! Para ser um bailarino consagrado hoje em dia é muito difícil. Temos um caminho árduo a seguir. Para aqueles que têm a sorte de entrar numa companhia buscamos o aperfeiçoamento pessoal. Neste caso comigo, os estudos pela RAD. O que me ajuda muito pessoalmente e profissionalmente.

 

O exame é teórico ou prático?

O exame é prático. Existe uma apostila base de onde tiramos a matéria e apresentamos para o examinador que pode vir de qualquer lugar do mundo apara avaliar. Neste grau é examinada a técnica, a presença de palco e o físico. Os exames são divididos em dois blocos. Os grades [onde se formam alunos] e os vocational [onde entende -se que já são bailarinos profissionais, quem tem vocação para o clássico]. Difícil porque a cada nível a técnica tem que estar melhor e vai exigindo mais do corpo. Por exemplo, este que fiz este ano teve duração de 1h15min de prova. Sem pausas e respiros. Grades vai de pré-primário a oitavo ano. Vocational é em cinco graus (intermidiate foundation, intermidiate, advanced foundation, advanced 1 e advanced 2)

 

Quando foi que o balé entrou em sua vida?

Comecei meus estudos na dança aos 6 anos em um projeto no Lar Santa Filomena aqui de Prudente, aos 8, meu tio, que costurava fantasias para uma escola particular de Prudente conseguiu uma vaga para mim. Foi aí, através desta escola, que aprendi tudo o que sei e ensino para meus alunos hoje. Estou nesta vida há 21 anos.

 

Quem foram seus mestres?

Aprendi meu primeiro plié com as mestras Alana e Ioma Buonamici. Atualmente tenho a Helga Urel, mestra que me preparou para todos os exames da RAD. Outros, mas não menos importantes em minha carreira foram, Beth Libório e Nélio de Paula.

 

Você dá aulas, atualmente?

Sim, sou professora em um projeto terceirizado pela Secult (Secretaria Municipal de Cultura) de Prudente para 75 crianças. E também dou aulas na Escola de Dança Beth Libório.

 

Como conciliar trabalho, casamento e maternidade?

Não foi fácil conciliar a vida de mãe, esposa e bailarina! Foi um processo complicado que exigiu paciência tanto da minha parte quanto da professora Helga. Foram muitas aulas em horários noturnos para que pudéssemos estudar a matéria com bastante calma e cautela também. O exame exigia muita técnica. Então quanto mais aulas, melhor. Por muitas vezes, precisei levar a Maria Cecília às aulas, pois não tinha com quem deixá-la. Tive muita força do meu marido, da minha família e dos padrinhos da Ceci. Todos me ajudaram muito!

 

A Ceci será incentivada a ser uma bailarina como a mamãe?

Ela me acompanha às aulas desde os 15 dias de vida!  Se depender da mamãe será incentivada desde cedo.

 

O que o balé é além de uma arte da dança?

Para mim é uma atividade transformadora! Por muitas vezes, saí de casa cansada, exausta e quando chego esqueço-me de tudo. Porque me deixa mais leve, além de cuidar do corpo e da alma.

 

A dança tem o poder de transformar vidas, Mariana? Você conhece alguma história de superação por meio da dessa arte?

Transforma e muito! A minha, por exemplo. Por um bom tempo tive problemas familiares ao ponto de pensar em desistir por diversas vezes. O balé me ajudou a ser quem sou hoje. Tenho orgulho de ser bailarina e agradecida aos meus mestres por nunca terem me deixado desistir.

 

 

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