As delegacias de Polícia Civil de Presidente Prudente e Rancharia deflagraram hoje a operação interestadual denominada Pacamã. Conforme o Deinter-8 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior-Oito), foram expedidos três mandados de prisões temporárias no Estado do Paraná, a pessoas envolvidas no grupo criminoso que aplicava golpes por meio de patrocínio de falsos anúncios de caminhões, cavalos mecânicos e carretas em plataforma online. Em Rancharia, um empresário sofreu prejuízo de R$ 14 mil pelo golpe.
E foi justamente este caso que resultou no início das investigações. Na ocasião, o empresário efetuou uma compra por meio eletrônico, e descobriu ter sido vítima do golpe. Diante das informações fornecidas pelo comprador, chegou-se aos acusados. Os trabalhos revelaram, até o momento, o envolvimento de seis integrantes, todos do Estado do Paraná. Ainda, durante a deflagração operação, estão sendo cumpridos oito mandados de busca e apreensão nas cidades de Londrina e Arapongas.
As pessoas com mandados de prisões serão encaminhadas para as cadeias de Presidente Venceslau e Dracena, onde permanecerão, inicialmente, pelo prazo de cinco dias. Todos serão indiciados pela prática de estelionatos, falsidade ideológica e associação criminosa.
Modus operandi
Segundo a polícia, o grupo criminoso é estruturado a partir de pessoas responsáveis pela captação de anúncios em conhecido site nacional de aproximação de vendedores e compradores. Com imagens e informações de caminhões, cavalos mecânicos e carretas, patrocina novo anúncio com as fotos obtidas, porém, desta vez, com telefone em nome de integrante responsável por se passar pelo proprietário.
“Em um segundo momento, quando vítimas de todo o Brasil telefonam, um dos integrantes se passa por proprietário do caminhão e indica outro telefone, anunciado como do banco da concessionária de caminhões. A partir de segundo telefonema é que entra em ação a líder do grupo, 53 anos, que reside em Londrina”, pontua a Polícia Civil.
A mulher, com anotações criminais por estelionato, entra em ação se passando por advogada do banco e confirma que o veículo pode ser renegociado, desde que realizada a quitação de parcelas de financiamento em atraso. A consumação dos crimes ocorre quando as vítimas depositam quantias, que acreditam ser em favor do banco.