Operação policial detém 4 suspeitos por homicídio

Polícia ouviu supostos envolvidos na morte da jovem de 15 anos, que teve o corpo encontrado no fim de junho, em estrada rural

REGIÃO - THIAGO MORELLO

Data 26/07/2017
Horário 14:23
Marcio Oliveira, Materiais foram apreendidos nas residências dos suspeitos
Marcio Oliveira, Materiais foram apreendidos nas residências dos suspeitos

Quatro pessoas, sendo dois jovens de 18 anos e dois homens, 30 e 38, foram presos acusados de participar do homicídio de uma adolescente de 15 anos, encontrada morta em uma estrada rural de Álvares Machado, no fim de junho. Na manhã de ontem, os quatro foram localizados pela Polícia Civil e encaminhados ao prédio da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), que investiga o crime. Conforme as informações do delegado Pablo França, responsável pelo órgão e à frente da situação, o caso está sendo tratado como homicídio triplamente qualificado.

O que possibilitou a primeira parte da operação foi a chegada dos laudos, que permaneceram e permanecem, até a resolução do crime, em sigilo de Justiça. De acordo com o delegado, eles apontam os indícios e colocam os suspeitos dentro da cena do crime - tratados como amigos da vítima e vizinhos de bairros e adjacências. Com isso, possibilitou a realização das primeiras buscas domiciliares. “Com os apontamento iniciais foi possível materializar a gravidade do caso e demonstrar toda a sequência do crime. Vai ser percebida também a possibilidade de sequestro, tortura e crime sexual”, completa.

Assim como os desdobramentos e supostos delitos a serem investigados, durante as buscas, foi possível localizar e apreender objetos que podem contribuir para a elucidação do crime. “Foram encontrados cordas e fios nos locais de buscas, que serão periciados, a fim de encontrar compatibilidade com os mesmos que foram usados para amarrar a vítima”, expõe Pablo. Além disso, o delegado ressalta que a polícia também apreendeu três veículos, que também passarão pela perícia científica, com o intuito de achar vestígios biológicos, machas de sangue ou outras provas criminais.

Além disso, os depoimentos dos suspeitos apreendidos também influenciarão na investigação. No primeiro momento, o responsável pela DIG lembra que eles foram ouvidos, porém, na tarde de ontem mesmo, todos foram encaminhados às unidades prisionais da região, não divulgadas pela polícia. Dos dois jovens de 18 anos envolvidos, um deles possuía 17 anos na época do crime, “sendo assim, de acordo com a lei, ele deve ser julgado pela Vara da Infância e da Juventude”, o que ocorreu também na tarde de ontem, em uma audiência no Fórum de Prudente, ainda segundo o delegado. Já o outro, trata-se de uma moça de 18 anos.

A partir de agora, Pablo relata que foram expedidas as prisões temporárias de 30 dias, para os envolvidos, que poderão ser prorrogadas ao fim do prazo, uma vez que a Justiça julgue necessário para a investigação. Caso seja comprovada a autoria dos suspeitos no crime, o motivo que desencadeou o fato, exposto pela polícia, seria ciúmes. “Ainda faz parte da averiguação, identificar a participação de cada um deles, agora que todos foram colocados na cena do crime. Mas é importante ressaltar que a polícia não acusa ninguém, mas sim, apresenta indícios. Cabe à Justiça afirmar se eles são culpados ou não”, completa o delegado.

 

“Vai ser percebida também a possibilidade de sequestro, tortura e crime sexual”

Pablo França,

delegado da DIG

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