O que é VLT?

No ano de 1916, o oeste paulista conheceu a Estrada de Ferro Sorocabana, possibilitando o desenvolvimento urbano e econômico das cidades abrangidas. Atualmente em desuso, a ferrovia de Presidente Prudente, administrada pela concessionária Rumo, encontra-se em infeliz abandono e desrespeito com empresas que apresentaram demanda de 1 milhão de toneladas/ano, conforme a UEPP (União das Entidades de Presidente Prudente e Região) já discorreu anteriormente neste periódico.
Mas não vamos falar de cargas hoje, mas sim, de um possível novo transporte urbano. Com iniciativa da diretoria regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), foi encaminhado recentemente ao Legislativo prudentino, que por sua vez, requereu à Prefeitura e ao presidente da Unipontal (União dos Municípios do Pontal do Paranapanema) e prefeito de Presidente Venceslau, Jorge Duran Gonçalez, a viabilidade de estudo de projeto para implantar no município um VLT (veículo leve sobre trilhos), usualmente em cerca de 55 países, incluindo China, Emirados Árabes, Estados Unidos, Holanda e Inglaterra.

Se você não faz a mínima ideia do que seja um VLT, vamos explicar! Nada mais é que um trem urbano menor, bem mais leve que o metrô e transporta grandes contingentes populacionais, geralmente de maneira integrada a outros modais de transporte. É como se fosse um ônibus sobre trilhos, que já é comum como transporte público em outros países. No Brasil ainda
é novidade, mas há linhas em funcionamento em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Em Sorocaba há projeto em processo de implantação de modelo para carga.

Como há um contrato de concessão firmado com a empresa Rumo, a operação do VLT nesse trecho precisará ser regulamentada entre a Prefeitura, concessionária e ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Aparentemente, a Rumo não vem se contrapondo com as solicitações para que um trem turístico opere no seu trecho de concessão, desde que todas
as normas e legislações de segurança sejam seguidas.

Cabe agora aos órgãos concedentes o estudo de aporte, demanda, aproveitamento da via de bitola métrica, rentabilidade e possíveis PPPs (parcerias público-privadas), por exemplo, para sua implantação. Nas grandes capitais, o VLT tem sido implantado com mais frequência, já
que é mais fácil e barato que o metrô, conecta bairros a centro e interliga cidades vizinhas.

Vale citar que a reativação para o transporte ferroviário de cargas em grande escala é outra questão e continua a cobrança da UEPP para que o trecho regional seja recuperado e novamente inserido ao PDTL (Plano de Desenvolvimento de Transporte e Logística) o que pode nos levar a polo de estocagem e escoamento de produção, desafogando à capital paulista.

Importante ressaltar que essa boa proposta pode resultar na redução de custos de transporte para os moradores de bairros mais periféricos e interligar, sem trânsito, com mais rapidez e econômica de custos, a cidade por suas vias perimetrais, paralelas às linhas do trem da antiga
Sorocabana, que devolvida à viabilidade, tornará a trazer o esperado progresso!

Publicidade

Veja também