O Cordeiro que foi morto vive e está sentado à direita de Deus

EDITORIAL -

Data 30/03/2018
Horário 08:48

Foram dias intensos. A última madrugada, longa, daquelas que parece que nunca vai acabar. Começou em um jardim chamado Getsêmani, que no hebraico significa literalmente “prensa de azeite”. Aflição, angústia, tristeza mortal e um clamor: “Aba, Pai, tudo te é possível. Afasta de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, mas sim o que tu queres”. E terminou em um Sinédrio raivoso, determinado a condenar: “Você é o Cristo, o Filho do Deus Bendito?”. Já fora abandonado, negado, insultado, cuspido e açoitado: “Profetize!”, enquanto levava tapas.

O galo cantou, o sol nasceu e, com ele, outro julgamento, desta vez sob a custódia de Pilatos: “Você é o rei dos judeus?”. “Tu o dizes!”. A condenação era inevitável, Ele bem sabia. Mas ninguém o mataria, antes, Ele mesmo se entregaria. “Chegou a hora! Eis que o Filho do homem está sendo entregue nas mãos dos pecadores”. Ouve-se um clamor popular: “Barrabás!”, seguido de um decreto público: “Crucifica-o!”.

O local escolhido é chamado Golgotá, que quer dizer “Lugar da Caveira”. Nove horas da manhã, depois uma condenação relâmpago, ouve-se o som do martelo nos pregos e o Cordeiro de Deus é levantado na cruz entre dois ladrões, para escândalo aos judeus e loucura aos gentios. Houve trevas sobre toda a terra, do meio dia às três horas da tarde. “Eloí, Eloí, lamá sabactâni?”, expirou e entregou seu espírito ao Pai.

Mas ao contrário do que pensavam aqueles que O condenaram, não era o fim, era o início. O véu do santuário, que fazia separação entre Deus e o homem, se rasgou em duas partes, de alto a baixo, e o santíssimo lugar se fez acessível. A terra estremeceu e fenderam-se as rochas. “Realmente este homem era o Filho de Deus!”, reconhece o centurião.

Termina a sexta, passa-se o sábado, e no primeiro dia da semana, bem cedo, ao nascer do sol, mulheres se dirigem ao sepulcro perguntando umas às outras: “Quem removerá para nós a pedra da entrada do sepulcro?”. Mal sabiam elas que a pedra, muito grande, havia sido removida: “Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que vive?”. Ele não estava mais lá! O Cordeiro, que parecia ter estado morto, vive. O Senhor Jesus, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à direita de Deus, aguardando, daí em diante, até que seus inimigos sejam submetidos por estrado de seus pés.

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