Número de matrimônios cai em 2% na região de PP

Levantamento divulgado pelo IBGE expõe ainda que os processos de divórcio na 10ª RA, entre 2015 e 2016, cresceram 2,25%

REGIÃO - GABRIEL BUOSI

Data 17/11/2017
Horário 12:32

O número de casamentos na 10ª RA (Região Administrativa) do Estado de São Paulo, que tem Presidente Prudente como sede, teve queda de 2% entre os anos de 2015 e 2016. Os dados são da pesquisa anual Estatísticas de Registro Civil, divulgados na terça-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e mostram ainda que os processos de divórcio aumentaram 2,25% no mesmo período.

Conforme as informações da instituição, o número de casamentos, por lugar de registro na 10ª RA, composta por 53 municípios, era de 7.195 em 2015 e caiu para 7.045, valor que representou a queda em 2%. Entre os municípios que se destacam pela queda estão Álvares Machado, com retração de 20 matrimônios no período analisado, e Dracena, com a diminuição de 48 casamentos, já que em 2015 foram 860 e, em 2016, 812 uniões (veja a tabela). Presidente Prudente, em contrapartida, apresentou um aumento nos números de casamentos de um ano ao outro. Em 2015 foram 1.933 uniões, que passaram para 1.973 no ano seguinte, aumento de 2%.

De acordo com o sociólogo Wilson de Luces Fortes Machado, a “pressão” em cima das pessoas casadas e não casadas diminuiu em relação aos anos anteriores e, por isso, os casamentos tendem a diminuir. “Os casais que não formalizam mais as uniões deixaram de ser cobrados e isso deixa de ser uma obrigação”, salienta.

Ainda conforme Wilson, as uniões estáveis podem ser significativas nos dados, já que passaram a cumprir papéis semelhantes na lei. “O peso jurídico de uma união estável e do casamento oficializado é o mesmo judicialmente. Entre outros fatores, posso citar também os novos arranjos familiares, como as relações homoafetivas”.

A pesquisa levantou ainda o número de processos de divórcio encerrados em primeira instância na 10ª RA. Segundo os dados, em 2015 foram 2.573 pedidos, que passaram para 2.631 no ano seguinte, o que registrou o aumento de 2,25%. Neste caso, 21 das 53 cidades informaram os valores. Em Dracena, por exemplo, o crescimento no número de pedidos foi de 39,1%, já que em 2015 foram 263 processos e, em 2016, o número registrado foi de 366. Santo Anastácio, em contrapartida, apresentou queda de 42% no número de divórcios (veja tabela).

Segundo o sociólogo, “descasar” se tornou um ato mais fácil nos dias de hoje, fator que influencia diretamente nos números levantados. “Se, por ventura, não der certo e não houver atritos, o casal pode ir a um cartório e, com simplicidade e economia, desfaz a união”. Outro fator mencionado é o peso social de estar divorciado, que, segundo Wilson, “deixou de ser significativo”.

 

Região em números

O levantamento do IBGE apresenta também os números de óbitos fetais, por lugar de residência da mãe, que na 10ª RA teve um aumento em 56%, já que em 2015 foram 88 casos e, em 2016, o número subiu para 138. Já nos óbitos ocorridos por ano, o aumento foi de 8,3%, com o crescimento em 638 casos. Na contramão dos crescimentos estão as estatísticas de nascidos vivos, que nas 53 cidades da região teve uma queda de 1,5%. Em 2015 foram 12.711 nascimentos, contra 12.509 no ano passado.

O Imparcial já noticiou em setembro dados da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) que também apresentavam um aumento no número de mortalidade geral, por mil habitantes, que segundo a pesquisa subiu 22,07% em um período de 10 anos, entre 2006 e 2016. No mesmo período, a Fundação Seade avaliou que os óbitos infantis caíram 9,54%, quando em 2006 foram 13,51 mortes por mil nascidos vivos e, em 2016, o valor foi para 12,22.

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