Número de estudantes sem aula sobe para 900

Em assembleia realizada nesta semana, servidores públicos municipais de outros setores aderiram à manifestação por melhorias

REGIÃO - ROBERTO KAWASAKI

Data 23/02/2018
Horário 12:15

A manifestação de servidores públicos que reivindicam o aumento salarial em Regente Feijó está longe de ter um fim. Na noite de terça-feira, foi realizada uma assembleia extraordinária para apreciar a proposta de aumento de 3% apresentada pelo prefeito Marco Antônio Pereira da Rocha (PSDB). Além dos docentes das creches, professores do ensino infantil e fundamental também aderiram à manifestação e paralisaram os seus trabalhos. De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, o número de alunos sem aulas subiu para 900 e 110 professores pararam os serviços.

De acordo com o Valdemir Alves da Silva, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, os docentes das creches “não vão aceitar a proposta do prefeito”, devido à reivindicação do aumento compatível ao piso nacional. Ele acrescenta que os educadores aceitam uma nova proposta do chefe do Executivo “nem que for para parcelar o pagamento”.

Durante a reunião na noite de terça-feira, servidores públicos da área da saúde – que incluem PSF (Programa Saúde da Família) – educação e trabalhadores do serviço geral estiveram presentes para reivindicar melhorias no serviço. Segundo o presidente do sindicato, os servidores comuns fizeram uma proposta de aumento de 10% no salário, dividido em duas parcelas até o mês de agosto deste ano. O restante dos servidores fez a mesma proposta em parcelas para serem divididas até o final do ano. Valdemir afirma que as novas propostas foram protocoladas na tarde de ontem na Prefeitura.

Em apoio às reivindicações dos grupos, os professores do ensino fundamental e infantil decidiram aderir à greve na manhã de ontem e os demais servidores anunciaram entrar em estado de greve. De acordo com o presidente do sindicato, “é provável que hoje paralisem os serviços também” e a quantidade de trabalhadores parados será divulgada hoje “pois muitos receberam ameaças”, o que pode dificultar a decisão de greve.

 

Impasse

Desde o início da semana, 43 professores de oito creches municipais de Regente Feijó paralisaram todos os serviços prestados a 260 crianças. O motivo que levou os servidores a entrarem em greve é o não pagamento do piso salarial nacional referente ao ano de 2018. O prefeito ofereceu um reajuste de 3% no vencimento, mas os servidores reivindicam um aumento de 6%.

Contudo, o chefe do Executivo esclarece que a Prefeitura não tem condições para atender à demanda no momento porque “excedeu o limite de gastos”. Em relação à continuidade da greve por tempo indeterminado, o prefeito diz que não pode levar o município ao estado de “calamidade” e gastar mais do que o previsto em lei. Se acontecer o aumento acima de 3% que foi proposto, as demais demandas da sociedade não poderão ser atendidas.

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