Após a publicação do Decreto 30.731/2020 em Presidente Prudente – documento que adota medidas temporárias e emergenciais para a prevenção do novo coronavírus –, assinado pelo prefeito Nelson Roberto Bugalho (PSDB), a reportagem procurou uma economista para saber quais seriam os reflexos da paralisação de serviços públicos, e a recomendação para que o mesmo ocorresse com o setor privado. Entre os apontamentos, está a dificuldade que pequenas empresas devem enfrentar principalmente a partir da próxima semana.
Segundo a economista Josélia Galiciano Pedro, os prestadores de serviço devem apresentar em pouco tempo uma queda nos faturamentos, bem como restaurantes, lotéricas, comércio e cinema, por causa da recomendação feita pelo Ministério da Saúde de que as pessoas não saiam de casa, salvo em casos de necessidade, na tentativa de frear a transmissão do Covid-19, que em Presidente Prudente ainda não tem casos confirmados, mas conta com 40 suspeitas.
“Sem clientes nas ruas não há faturamento, mas, por outro lado, sabemos que as contas continuam a chegar e a preocupação vem neste momento, de tentar fechar o mês bem e evitar cair no vermelho”, aponta a profissional. Ela aponta que as pessoas que trabalham por comissão devem ser as mais atingidas, e lembra que as pequenas empresas também se enquadram naquelas que devem sofrer mais, em relação às grandes, por exemplo.
“O fluxo de caixa e capital de giro das pequenas empresas são mais apertados, por isso elas devem sentir mais”, afirma Josélia. Por enquanto, não há previsão de reflexos no que diz respeito ao emprego ou desemprego, já que esta é uma situação temporária, mas a possibilidade também não deve ser descartada.
