No difícil combate contra o Aedes, ajuda da população é fundamental

EDITORIAL -

Data 03/10/2018
Horário 05:00

Faltam menos de três meses para verão, estação propícia para viajar, curtir a praia e colocar o corpo em forma, mas também e, principalmente, se preocupar com a saúde. Além das tradicionais viroses, que sempre aumentam com a chegada do calor, as altas temperaturas com frequentes pancadas de chuva favorecem a reprodução do velho conhecido Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya. Entra ano, sai ano, e o alerta é o mesmo: prevenir agora, para evitar a transmissão e possíveis surtos depois.

E as ações de combate em Presidente Prudente já recomeçaram. Na segunda-feira, pela quarta vez no ano, a VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal) deu início ao levantamento do IB (Índice Breteau). Durante os trabalhos de vistoria, que seguem até o dia 15 e contam com a participação de sete equipes, serão visitadas 3.760 residências das sete zonas da cidade. O objetivo é encontrar larvas e possíveis focos de proliferação do mosquito, como vasos de plantas, pneus e outros recipientes que possam acumular água, orientando a população a desfazer dos mesmos e também sobre o perigo do Aedes.

Com base neste levantamento e a identificação do tipo de vírus encontrado - após análise das larvas em laboratório -, a VEM consegue desenvolver estratégias específicas para cada localidade e situação, tornando o extermínio mais eficaz.

A colaboração da população também deve começar desde já. Não só retirando o que pode servir de criadouro ao mosquito, mas também facilitando a entrada dos agentes nas casas. Atender com educação, prender o cachorro se houver e mostrar o que pode vir a ser um problema. A identificação é fácil, já que a equipe estará uniformizada e com crachá.

Qual a desculpa para não contribuir? Por mais que é falado na mídia, em escolas e nas ruas, ainda existem, infelizmente, muitas pessoas mal informadas, ou que, sabem dos perigos, e insistem em brincar com a dengue - sem falar nas demais -, esquecendo que ela já fez milhares de vítimas, até mesmo fatais, em diversos lugares do país. Manter o lugar onde mora sem focos do mosquito é o mínimo que cada munícipe pode fazer por seu bairro e a sua cidade, cuidando ainda de sua saúde. Prudente já soma 34 casos de dengue este ano. Será que precisa mais uma epidemia, como a vivida em 2016 na cidade, para cada um fazer a sua parte? A luta continua e a principal arma no combate continua sendo nós.

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