Nível de emprego é considerado  instável na região prudentina

Depois da alta em maio deste ano, cidades regionais fecharam mês de junho em déficit, com menos 250 postos de trabalho

REGIÃO - THIAGO MORELLO

Data 18/07/2018
Horário 07:07
Arquivo - Apesar do período de colheita da cana, setor de petróleo e biocombustíveis teve queda
Arquivo - Apesar do período de colheita da cana, setor de petróleo e biocombustíveis teve queda

Depois de um superávit no mês de maio no nível de emprego, a região de Presidente Prudente fechou o mês de junho em baixa, com um saldo negativo de menos 250 postos de trabalho. Para o primeiro vice-diretor regional do Ciesp/Fiesp (Centro e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) no município, Itamar Alves de Oliveira Júnior, a sequência de uma alta seguida de baixa é resultado “de uma instabilidade”.

À reportagem, o vice-diretor lembra que o Brasil “está vivendo um momento de insegurança muito grande”, que acaba refletindo, na verdade, em qualquer setor. E por falar nos segmentos, segundo as informações dos órgãos, a negativa do último mês foi influenciada pelo desempenho das seguintes áreas: queda de 4,21% no setor de artefatos de couro, calçados e artigos para viagem; seguido por coque, petróleo e biocombustíveis, com -0,78%; e a categoria de confecção de artigos, vestuários e acessórios, com -0,58%.

Mas, por outro lado, pensando nos números, o maior percentual em déficit foi do setor de produtos de metal, exceto máquinas e equipamento, com -13,64%, contudo, em volume de demissões e, consequentemente, em agregar trabalhadores, os demais setores citados possuem um contingente de recursos humanos maior, conforme explicado pelo Ciesp e Fiesp. Com isso, a variação do mês, apesar de vir de uma alta relatada nos 30 dias anteriores, em maio, fechou em déficit, com -0,63%.

E ao analisar os setores que mais tiveram queda, Itamar diz que não entende as demissões no setor de petróleo e biocombustíveis, uma vez que este é o período de colheita da safra de cana-de-açúcar, que permanece até meados de outubro.

De modo geral, o representante ainda atrela as dificuldades de hoje como um reflexo tardio da greve dos caminhoneiros. “Esse problema com a paralisação refletiu no nível de emprego, que já estava em uma situação complicada”, completa. Ainda de acordo com ele, fica difícil prever uma melhora tão imediata. “A tendência é, talvez, pós-eleição, contribuir com pontos positivos, caso o resultado seja agradável”, frisa.

 

Balanço anual

Apesar de tudo, o Ciesp/Fiesp lembra que, pensando nos últimos seis  meses, a variação do nível de emprego da região de Prudente ainda é positiva. No total, até agora, 2018 teve um aumento de aproximadamente 4,12%, o que representa 1.650 novas vagas de emprego, no saldo geral. Já nos últimos 12 meses, a variação média é negativa, com -0,35%.

NÚMEROS

-250

é o saldo negativo de vagas entre demissões e contratações

-0,63%

é a variação do nível de emprego no último mês

1.650

é o saldo positivo de vagas dos 6 primeiros meses de 2018

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