Nelson Roberto Bugalho (PTB), prefeito de Presidente Prudente

“Cada área tem suas conquistas. Muito foi feito e vem sendo feito pela cidade”

PRUDENTE - GABRIEL BUOSI

Data 14/09/2019
Horário 05:05
Prefeito Nelson Bugalho
Prefeito Nelson Bugalho

 

Presidente Prudente completa 102 anos hoje e, ao longo de mais de um século, pode-se dizer que muito foi feito para o fomento do desenvolvimento regional, já que a cidade é um polo e abriga moradores de cidades vizinhas e, inclusive, de demais Estados que por aqui passam. Na entrevista, o chefe do Executivo, Nelson Roberto Bugalho (PTB), comenta para a reportagem sobre quais foram as maiores conquistas da no seu mandato, os desafios econômicos enfrentados pelo município e os planos para melhorias e desenvolvimento para os próximos meses.

Qual análise o senhor faz da cidade de Presidente Prudente, que completa neste ano o seu 102º aniversário?

A cidade que temos hoje é, conforme números já comprovados, uma das melhores do Brasil no seu porte, tem um ótimo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), é ótima para se investir, considerada uma das melhores também para que está na terceira idade e os resultados são sempre favoráveis neste sentido. Ostentamos índices significativos, mas é claro que, como todas as outras, estamos sofrendo muito com essa prolongada crise econômica, que está judiando dos municípios. De forma geral, temos uma cidade e com uma excelente infraestrutura em saúde, educação e serviço na área de cultura.

Quais são exemplos práticos de que a cidade tem se destacado por seus serviços?

Criamos, por exemplo, programas que visam capacitar as pessoas para o empreendedorismo, como na Fundação Inova Prudente. O próprio Fundo Social, desde que assumimos, perdeu totalmente o caráter de assistencialismo e hoje é um ambiente onde se investe nos moradores.

Costumo dizer que na ausência de recursos para grandes obras, conseguimos, na contrapartida, investir na formação das pessoas. Mas, apesar disso, dessa ausência, estamos fazendo investimentos importantes como a inauguração da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Zona Norte em plena crise e dificilmente um município do Brasil faria isso, e nós fizemos.

Há obras e investimentos que o senhor entende que precisa entregar antes de concluir o mandato? Quais seriam?

Sim, a obra conhecida por “Poupatempo municipal”. A licitação já foi aberta, sete empresas se habilitaram para a obra que facilitará a vida de quem precisar de qualquer serviço do município.

Hoje o morador precisa se deslocar para diversos cantos da cidade quando precisa de um serviço da administração, e com um local desse, com tudo concentrado, teremos a mesma agilidade com o modelo oferecido já pelo Estado. Além disso, temos a obra do Camelódromo, que é um espaço público, do poder público, e que hoje, na minha opinião, não oferece segurança para usuários e trabalhadores. Esse investimento será feito e as pessoas, assim que estiverem concluídas as obras, deverão ter uma microempresa constituída e pagar valor pela ocupação do espaço. Por fim, menciono ainda o projeto “Mais Calçadas” que é a reformulação de todo o piso do quadrilátero central e demais obras. Espero entregar antes do término do mandato.

Amanhã ocorre a inauguração do Centro Olímpico. Como avalia a execução deste projeto? Está satisfeito com o empreendimento que entregará à população?

Sobre o atraso na estrega, deixo claro que não foi culpa do governo anterior. É um projeto que vem sendo construído com emendas de bancada desde 2011, e que finalmente vamos conseguir entregar. Não terminamos ainda a área externa, que vai se prolongar por alguns meses, quem sabe até o fim do ano. Mas, o principal está lá. Outra ideia do local é a piscina de mergulho, que já estamos terminando a licitação, e será entregue para os treinamentos dos bombeiros.

No contexto da saúde pública, o assunto do momento em todo o país é a vigilância epidemiológica, sobretudo por conta do reaparecimento do sarampo. Prudente está devidamente preparada para lidar com essa questão?

Estamos passando por isso assim como diversas cidades estão, pois, muitos pais não levam seus filhos para serem vacinados, por exemplo, e há, sem dúvidas, condições de vacinação na cidade.

Este tipo de problema não depende tanto do poder público, pois não podemos ter um fiscal dentro de cada casa. As pessoas precisam se conscientizar de que é necessário colaborar no combate às epidemias como essa e também a dengue. Como o poder público pode se responsabilizar por uma coisa dessa? Não tem como.

Como avalia o andamento do consórcio intermunicipal da Prefeitura de Prudente junto a outras cidades para a construção de um aterro sanitário? O que avançou desde a nossa última entrevista?

Na primeira semana de setembro os municípios aprovaram um termo de referência e agora vamos elaborar o Plano Regional de Resíduos Sólidos. Na ocasião, aprovamos ainda a exclusão do munício de Marília do grupo, pois a cidade não estava honrando com os compromissos que assumiu com o consórcio. Tínhamos algo em torno de 700 toneladas por dia de resíduos e passamos para 450 toneladas, que também está bom. É um processo demorado, pois aguardávamos um recurso que anteriormente foi liberado, mas suspenso posteriormente com a mudança de governo. Os municípios vão arcar com o custo da elaboração do plano regional e para isso estamos contando com o apoio da Unesp (Universidade Estadual Paulista).

Em sua opinião, nesses mais de três anos de mandato, quais foram as principais conquistas da administração de Prudente?

Cada área tem sua conquista. A saúde, por exemplo, tivemos a inauguração da UPA da Zona Norte e entrega da nova Farmácia Central. No desenvolvimento local, posso mencionar alguns projetos importantes como a Fundação Inova Prudente e o fato de termos desembaraçado o Distrito Industrial Achiles Ligabo. Na área da mobilidade urbana tem a entrega das obras da rotatória do Monte Alto e no esporte o Centro Olímpico. Muito foi feito e vem sendo feito pela cidade.

Por fim, que mensagem deixa para os munícipes neste aniversário de Prudente?

Quero dizer que o prudentino tem que continuar amando a sua cidade. Amar no sentido de reconhecer os valores que a cidade tem, principalmente de ser belíssima e bem estruturada. Claro que apresenta alguns problemas, mas é um município que acima de tudo merece ser amado e valorizado.


 

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