Ainda que empresários destaquem a localização privilegiada dos estabelecimentos situados na Avenida Joaquim Constantino, marginal da Rodovia Raposo Tavares (SP-270), os proprietários de empreendimentos em operação no trecho desaprovam a conversão da via em mão única e a medida que proíbe ali o estacionamento de veículos. O empresário José Élcio Vilhegas, 58 anos, está no local desde 1991 e sentiu que a acessibilidade ao seu negócio foi desfavorecida por esta adequação. Segundo ele, é comum ouvir os clientes reclamarem da falta de praticidade gerada pela mudança, uma vez que precisam fazer um percurso maior para entrar ou sair pela marginal, sendo necessário o contorno pela Avenida Manoel Goulart ou pela Avenida da Saudade.
O empresário José Roberto Daleffe Junior, 34 anos, acredita que é justamente este zigue-zague que desestimula o motorista a procurar as empresas do Jardim Cambuy, principalmente aquele que dirige veículos de grande porte, para quem as ruas do bairro se tornam apertadas. Além disso, aponta que seus clientes não podem nem mesmo fazer uma parada rápida na Joaquim Constantino, considerando que há a possibilidade de serem multados, o que já chegou a ocorrer no local. “Inevitavelmente, isso vai minando um pouco o nosso negócio”, avalia José Roberto.
A Semav (Secretaria Municipal de Assuntos Viários e Cooperação em Segurança Pública) ressalta, por meio de nota, que as modificações no fluxo e estacionamento dos veículos na via atendem a um acordo firmado com o MPE (Ministério Público Estadual), que cobrou a mudança no sentido para garantir mais segurança aos motoristas e pedestres que trafegam pela região. “Antes de realizar as mudanças, porém, foi concedido um prazo de quase dois meses para que a população fosse alertada para as mudanças, por meio de faixas espalhadas por toda a extensão da avenida”, comunica.
