MST articula invasões dentro do Janeiro Quente

Mesmo sem data agendada, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra articula ações em propriedades do oeste paulista

REGIÃO - THIAGO MORELLO

Data 04/01/2018
Horário 12:24

Popularmente conhecido como Janeiro Quente, o primeiro mês do ano é marcado com ações que preveem invasões em fazendas e órgãos públicos, em forma de protesto ao sistema da reforma agrária, e a morosidade no repasse e formalização das áreas para os trabalhadores do campo. Para o início de 2018, a situação não deve ser diferente na região do oeste paulista. De acordo com o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra), apesar de não haver data marcada, atividades, como invasões, vão acontecer ao longo do mês.

Segundo as informações do membro do grupo no Pontal do Paranapanema, José Viana Oliveira, ainda não há um cronograma pré-estabelecido, “nada confirmado”, mas as atividades vão ocorrer nas próximas semanas. Tratado por ele como “ocupação”, e não invasão, antes que isso ocorra, ele comenta que reuniões serão realizadas. A FNL (Frente Nacional de Luta Campo e Cidade), que também promove ações, não foi localizada pela reportagem.

 

Histórico

No ano passado, o MST chegou a mencionar que parte das atividades que contemplavam o Janeiro Quente era a militância por áreas entre as cidades de Marabá Paulista e Mirante do Paranapanema. Terras, como por exemplo, da antiga Fazenda Nazaré.

No final de outubro, como noticiado por este diário, a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, por meio da Fundação Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo), implantou no local, o Assentamento Estadual Governador André Franco Montoro, que visava abrigar 235 famílias em 4.643 hectares de terra. Na época, o secretário da pasta, Márcio Fernando Elias Rosa, chegou a dizer que se tratava do maior assentamento feito pelo Estado de São Paulo em número de famílias em um só município.

 

Posicionamento

O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e o Itesp foram procurados para repercutir sobre os supostos indícios de invasão, no entanto, até o final desta edição, a reportagem não recebeu posicionamento dos órgãos.

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