O comércio do quadrilátero central de Presidente Prudente iniciou na segunda-feira o horário estendido até às 22h. As intenções da mudança de horário no fim do ano são proporcionar que o cliente tenha facilidade em realizar as compras de Natal, já que muitos possuem ocupações ao longo do horário comercial comum, e consequentemente, fechar com renda extra o ano do comércio. O primeiro dia do horário estendido, entretanto, não agradou alguns comerciantes.
A gerente do Depósito do Cabeleireiro, Natália Fernandes dos Santos, 27 anos, e o gerente proprietário da lanchonete Tio Patinhas, Carlos Alberto Moreno, ambos localizados no calçadão da Rua Tenente Nicolau Maffei, demonstraram opinião semelhante. Ela afirmou que na segunda-feira o movimento não foi bom, um dos motivos que causou a baixa procura está a garoa que espantou a freguesia. "A primeira semana de horário estendido costuma ser fraca, já na segunda semana o movimento costuma ser bem grande", pontua. Natália espera que o aumento dos gastos e de trabalho (contrataram, inclusive, um profissional freelancer para o período), compense o investimento, já que 2019 não foi um ano muito bom para o comércio.
Carlos, por sua vez, também destaca o movimento tímido na lanchonete, mas acredita que as coisas melhorem depois do dia 20 de dezembro por conta da segunda parcela do 13° salário, como costuma ser em todos os anos. Ele confirma que o Tio Patinhas aumentou, para o período, a equipe, tanto na cozinha quanto no balcão de atendimentos. O empresário crê que até o fim do mês a alta do movimento será em média 35%.
NEM TODOS OS LOJISTAS
ESTÃO COMEMORANDO
Uma curiosidade sobre o horário estendido de atendimento dos comércios é que nem todas as lojas se beneficiam. Um caso são as óticas que se dedicam especialmente aos óculos de grau. A gerente da Ótica Especializada, Neia Alves Rodrigues, 50 anos, afirma que, ao contrário do que ocorre na maioria dos comércios, o estabelecimento tem redução de movimento em dezembro, pois os oftalmologistas costumam reduzir os atendimentos no fim do ano, o que torna o horário estendido pouco compensatório. “Abrimos somente para acompanhar o comércio”, salienta Neia.
CLIENTE RESSALTA
TRADIÇÃO DO HORÁRIO
Caminhando durante o dia pelo calçadão, o casal de aposentados Odilia Mizuno, 70 anos, e Paulo Mizuno, 79 anos, afirmaram que pretendem visitar o comércio no horário noturno. Odilia relata que sempre faz questão de passear, analisar preços de presentes e afins. “É tradição, todos os anos é assim, não pode ser diferente”, considera a aposentada.