Morte de advogado: buscas finais

Polícia Civil de Pirapozinho continua em diligências a fim de contribuir para a elucidação do crime; a princípio, descarta envolvimento de outros na morte de Wagner Alonso Álvares

REGIÃO - ROBERTO KAWASAKI

Data 08/11/2019
Horário 07:18
Arquivo - Lâmina da faca foi encontrada no local onde o corpo do advogado havia sido deixado
Arquivo - Lâmina da faca foi encontrada no local onde o corpo do advogado havia sido deixado

A Delegacia de Polícia Civil em Pirapozinho deu mais um passo na investigação sobre a morte do advogado e professor, Wagner Alonso Álvares, 74 anos. Na quinta-feira passada, o corpo da vítima foi localizado em um matagal no distrito de Dumontina, em Presidente Bernardes, após localização e prisão de um rapaz de 26 anos que confessou ter assassinado Wagner a golpes de faca. Ontem, a polícia informou que as diligências “estão em fase de finalização”, inclusive, com buscas em Tarabai.

No dia da localização do corpo, o cabo de uma faca foi localizado nas imediações, próximo ao pé de manga onde a vítima foi deixada. Na retomada das buscas, os investigadores encontraram a lâmina que teria causado as perfurações. Os materiais estão sendo analisados e deverão compor o inquérito policial. Conforme o setor de investigação, “a princípio, [o rapaz] agiu sozinho”.

Depois de ter prestado esclarecimentos sobre o fato, o acusado foi conduzido à cadeia pública de Presidente Venceslau enquanto aguarda a finalização do inquérito. Na segunda-feira, a prisão temporária foi prorrogada por mais 30 dias após representação feita pelo delegado Rafael Guerreiro Galvão.

Informações preliminares repassadas à Polícia Civil apontam que havia 16 facadas no corpo de Wagner, sendo elas no pescoço e tórax. Segundo Galvão, a polícia apreendeu o celular do autor confesso, 26 anos. O telefone estava na casa onde o acusado se escondeu, não muito distante da cena do crime.

De acordo com a autoridade, o aparelho havia sido formatado antes da localização e será analisado pela perícia. Além de latrocínio, ele também responderá por tentativa de roubo ocorrido no dia 4 de outubro, em Pirapozinho, após reconhecimento pela vítima.

CONHECIDO

DA FAMÍLIA

Como já noticiado por O Imparcial, a família de Wagner Alonso Álvares registrou o seu desaparecimento na tarde de terça-feira da semana passada, depois de ele ceder carona para ao indivíduo que, até então, era dado como suspeito de um possível sequestro. Desde o pedido de carona (na casa de Wagner) até o local da morte, passaram-se cerca de 40 minutos.

Conforme o delegado, o acusado tem diversas passagens criminais, com registros de roubo, tráfico e lesão corporal. O que chama a atenção é que ele já era conhecido pela família da vítima “há um bom tempo”. “Desde pequeno o ajudavam com comida, frequentava a residência. Desta vez, pediu carona e foi quando houve o crime”, salienta Galvão. O fato foi registrado como latrocínio – roubo seguido de morte, uma vez que o acusado tentou vender o carro de Wagner após o homicídio. 

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