Assim como em outros parquinhos de Presidente Prudente, no Residencial Green Ville, às margens da Rua Maria Aparecida Bertin Suguitani, existe um que é usado por crianças, jovens e adultos para lazer e prática de atividade física. Pelo menos era o que acontecia até o mato alto tomar conta do local. Em vista do problema e da falta limpeza por parte do poder Executivo, os próprios moradores se mobilizaram para realizar a manutenção da área pública. A situação foi exposta em um vídeo na rede social Facebook.
A reportagem foi até o local verificar a situação e não havia ninguém utilizando o espaço, que já estava limpo e com o mato roçado. Esse cenário, de acordo com o responsável pela mobilização em prol da limpeza, Ângelo Antônio Cavalcante Schriatto, é compatível com os dias anteriores, devido à forma em que o local era encontrado. “Acredito que aos poucos as pessoas vão ver a nova situação e retornar ao uso”, pontua.
Mas para que isso fosse preciso, Antônio passou por uma novela, que não chega a durar meses como as televisivas, mas ao menos semanas. Há cerca de três semanas, ele foi até a Câmara Municipal de Prudente, onde foi auxiliado para entrar em contato com a Prefeitura. Segundo ele, a resposta era de que o serviço seria feito nos próximos dias. Porém, uma nova semana chegou e a situação era a mesma. Ele voltou a falar com a municipalidade, e uma nova promessa de que, “novamente”, nos próximos dias, a limpeza aconteceria.
Será que agora os moradores precisarão cortar a grama até de áreas públicas?
Ângelo Antônio Cavalcante Schriatto,
responsável pela limpeza
Antônio pensou: “Agora vai”. Mas não foi. Ele conta que não teve outro jeito a não ser “colocar a mão na massa”. Com a manutenção por conta própria iniciada na quarta-feira, eles conseguiram limpar pelo menos metade da área até ontem à tarde. “Foi aí que funcionários da Prefeitura chegaram, com faces não muito felizes, e completaram o serviço”, expõe. O responsável ainda lembra que, na semana passada, os mesmo funcionários foram roçar o mato do canteiro central da Avenida Ana Jacinta, que fica somente a uma quadra dali.
Indignado, Antônio, que trabalha em um restaurante que fica às margens do perímetro, ainda comenta que a situação do mato alto incomoda os clientes, em vista do mau-cheiro que às vezes fica, sem falar dos insetos. Ele ainda brinca que a folhagem não é um patrimônio cultural para ser mantida e não danificada. Por fim, ele questiona: “Será que agora os moradores precisarão cortar a grama até de áreas públicas?”.
A reportagem fez o mesmo questionamento à administração municipal. Ademais, ainda perguntou se o órgão estava realmente ciente da situação e como funciona o cronograma de limpezas das áreas públicas. Até o fechamento desta edição, não houve recebimento de respostas.
