O lazer é um direito social de todos os cidadãos, assegurado pela Constituição Federal, que contribui com o crescimento e desenvolvimento da sociedade, sendo essencial para a garantia de dignidade das pessoas. O reconhecimento deste direito abrange o convívio familiar, a confraternização com os amigos, a prática de atividades lúdica, esportivas, culturais, o que leva a um crescimento pessoal, familiar e social. Nesse sentido, os moradores do Residencial Servantes II, em Presidente Prudente, pleiteiam a construção de mais áreas de lazer no bairro, como parquinhos, academia da terceira idade e pistas de caminhada. Segundo relatos, o local possui apenas uma igreja e a única praça existente não é conservada e oferece riscos aos usuários.
Sobre os pedido dos munícipes, a Secom (Secretaria Municipal de Comunicação) informou que o bairro conta com uma praça que recebe constantes melhorias, que têm o objetivo de oferecer maior qualidade de vida aos moradores. Contudo, as reformas devem ser analisadas de acordo com o orçamento do município e deixa claro que “não há previsão para a construção de uma pista de caminhada no local”.
Moradora do bairro há 10 anos, a dona de casa Margarete Faustino, 53 anos, não está contente com a situação da praça no bairro. Acredita que o local é mal frequentado e reclama da situação dos equipamentos da academia da terceira idade, que “não são preservados”. “Meu sobrinho de 7 anos fica o dia inteiro dentro de casa, vendo TV, porque não tenho onde levar ele, ainda mais agora nas férias. Gostaria de uma praça, um lugar para fazer uma caminhada”, relata.
O desejo pela área de lazer é o mesmo da educadora infantil Maria Inês de Assis Ramos, 60 anos, que gostaria de um espaço para levar a neta de 4 anos para brincar. Devido à situação do local, a moradora relata que não leva a pequena, pois teme que ela se machuque. “Não trocaria o bairro, acho ele tranquilo, mas não tem nada para lazer”, pontua.
Por questões de saúde, a aposentada Corina Lima de Jesus, 70 anos, pleiteia uma pista de caminhada no bairro. Relata que possui um problema na coluna e o médico recomendou que começasse a caminhar mais, como forma de tratamento diário. Contudo, o local que usa para praticar o exercício são as calçadas do bairro, que “não estão nas melhores condições”. “Não tenho onde andar. Falam que vão fazer uma pista, mas até agora nada”, finaliza.
