A Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Maristela) realizou na manhã de ontem, a missa especial de Quarta-feira de Cinzas, com cerca de 400 fiéis presentes. A celebração marcou o início da quaresma, período em que os católicos se preparam para a morte e ressureição de Cristo, e segue até o Domingo de Ramos, data que antecede a Semana Santa.
Segundo o padre Rodrigo Gomes de Moreno, pároco da igreja, esse é um momento de reflexão pessoal, mudanças e progressão. Nesses 40 dias de preparação, os fiéis se devotam ao tripé da igreja: o jejum, a caridade e a oração. O primeiro como uma oferta para Deus, o segundo trabalhando o amor ao próximo, e o terceiro na intenção de transformar a oração em uma ação.
Foi para mostrar que as pessoas não devem viver em soberba, vaidade ou ganância. E, sim, lembrar que é preciso andar sempre em humildade
Rodrigo Gomes de Moreno,
padre
Ainda de acordo com o padre, a missa teve como objetivo trazer uma reflexão sobre as cinzas, através da citação “Do pó viemos ao pós voltaremos”, que orientou aos membros que rasgassem o coração para mostrar o que verdadeiramente guarda-se dentro dele. “Foi para mostrar que as pessoas não devem viver em soberba, vaidade ou ganância. E, sim, lembrar que é preciso andar sempre em humildade”. Para ele, as cinzas representam o fim, e ao ser passada na cabeça dos membros, é uma atitude para expressar que o servo de Deus está em constante mudança, com o coração aberto para a renovação.
Atuante com a família na paróquia há 20 anos, a psicóloga Roberta Borges Pedro Zanuto, 33 anos, considera importante participar da celebração. “É um período de reforma interior para os membros, onde nos aproximamos de Deus e damos inicio ao período de quaresma”, afirma.
Já a dona de casa Sônia Maria de Oliveira, 65 anos, frequenta a paróquia Nossa Senhora do Carmo há 40 anos, desde que se casou e sempre esteve ativa nas missas de cinzas. Ela acredita que os fieis só têm benefícios ao ouvir a palavra de Deus. É o que também concorda sua amiga e vizinha, Juracy Gimenes, aposentada, 74 anos. “O que mais me chamou a atenção hoje sobre a palavra, foi a explicação do padre sobre as cinzas”, salienta a religiosa.
Uma oportunidade de abster-se do sofrimento dos dias atuais é o que observou Juliana Voltarelli da Silva, do lar, 36 anos, sobre a missa de cinzas. “Nesse momento deixamos o mundo de lado, para poder se encontrar com Deus e, assim, conseguir melhorar a nós mesmos”. Segundo ela, a palavra ministrada pelo padre foi uma forma de chamar a atenção dos fiéis para a violência constante no mundo.