Luta social das mulheres deve ser contínua

OPINIÃO - DA REDAÇÃO

Data 08/03/2020
Horário 05:55

Sororidade. O termo utilizado para expressar a empatia entre mulheres se tornou uma das principais pesquisas na internet nos últimos anos e ganhou força nas rodas de discussão sobre o feminismo e a conquista dos direitos das mulheres. Isso porque, para que a luta ocorra de forma plena e com a garantia de resultados, é indispensável que as mulheres se unam para, em comum acordo, defenderem o seu protagonismo histórico e social.

Não poderia haver dia melhor para falar sobre o assunto como hoje, quando é lembrado o Dia Internacional da Mulher. A data, oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas) na década de 1970, tem raízes nas reivindicações das mulheres por igualdade salarial, mas passou a representar, de forma geral, todas as causas que dizem respeito à população feminina, sobretudo a desconstrução do machismo e o fim da violência contra a mulher.

Causas estas que não podem ser subestimadas ou desvalorizadas, considerando que, apesar dos avanços sociais que acompanham o movimento no último século, as mulheres ainda sofrem com a desigualdade no mercado de trabalho em comparação com os homens e muitas são assassinadas diariamente por seus parceiros ou ex-companheiros no âmbito da violência doméstica.

No campo profissional, sua presença, embora crescente, é menor que a dos homens, e a remuneração paga a elas é menor que a média salarial deles, conforme já mostrado por este diário. O fato de engravidarem também implica diretamente na estabilidade de seus empregos, considerando que, em virtude das jornadas duplas de trabalho, muitas se veem obrigadas a abandonar seus postos de trabalho para cuidar dos filhos ou, em alguns casos, são desligadas quando retornam da licença-maternidade.

No âmbito pessoal, as mulheres também enfrentam no dia a dia o abandono por parte de seus parceiros durante a gestação e são vítimas de assédio nos mais diferentes espaços, inclusive sendo injustamente responsabilizadas pela situação ao invés dos reais culpados. Por esses e outros motivos, a sororidade, citada no início deste editorial, se faz tão importante: que hoje e sempre as mulheres se juntem, independente das diferenças de classe, cor e religião, para afirmar o seu valor e erradicar o silenciamento que ainda as invisibilizam no meio social. Mulheres, uni-vos!

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