Logística reversa promove sustentabilidade a empresas

Estabelecimentos dispõem de descarte correto para materiais como lâmpadas e papéis, inclusive com benefícios comerciais em compras

PRUDENTE - GABRIEL BUOSI

Data 23/01/2019
Horário 08:32
AI da Kalunga - Empresa possibilita pesar papel recolhido e transforma montante em crédito para novas compras
AI da Kalunga - Empresa possibilita pesar papel recolhido e transforma montante em crédito para novas compras

Após a compra de determinados produtos, como baterias de carros, lâmpadas, eletrônicos e até mesmo papel, muitos são os consumidores que encontram dificuldades no momento de buscar o descarte correto dos materiais pela falta de pontos de coleta, ação conhecida como logística reversa. Em Presidente Prudente, por exemplo, a reportagem localizou empresas que levam a sustentabilidade a sério e que possibilitam o recolhimento de produtos vendidos em seus estabelecimentos, inclusive com a oportunidade de reverter o material não mais usado em crédito para novas compras.

Na papelaria Kalunga, por exemplo, a gerente de marketing, Michele Auada, afirma que desde 2007 a empresa faz um projeto que objetiva oferecer a oportunidade de o cliente dar uma nova destinação aos papéis, além de criar uma forma de economia ao consumidor. “A cada quilo de folhas de caderno usadas, pesadas nas lojas sem espiral e capa, concedemos R$ 1,50 de desconto na compra do pacote de 100 folhas da marca Chamequinho ou nos novos cadernos da linha Spiral, com limite de 50 quilos por CPF”.

Desta forma, Michele afirma que é comum haver dúvidas em relação ao que fazer com materiais antigos e usados, bem como no descarte correto dos produtos. “Por isso, acreditamos que ao oferecer descontos em troca das folhas de caderno usadas, estimulamos os consumidores a darem um destino saudável para esses materiais”. A representante diz ainda que na loja de Presidente Prudente a campanha tem sido “muito forte”, lembra que ainda pode ser melhor, mas ressalta que em todo o país tem percebido uma preocupação crescente com questões ambientais, principalmente do público infantil. Após recolhido, o material é destinado às cooperativas de reciclagem.

A Eletrosul também é uma empresa que há seis meses resolveu iniciar o processo de logística reversa, ao perceber que era uma reivindicação, inclusive, dos consumidores. “É um histórico muito antigo de pessoas que tinham a intenção de descartar lâmpadas, mas não sabiam como. Então fomos atrás, conversamos com fornecedores e cooperativas e conseguimos ser um ponto de coleta”, informa o administrador do local, Fernando Santello Bertaco.

O representante da Eletrosul afirma que a adesão está “bem legal”, mas ressalta que muitos encaram o ponto de forma errada, já que o público esperado e credenciado é o de moradores, com poucas quantidades, em face de empresários que chegam com carros “lotados” de lâmpadas para o descarte. “A cada três semanas, os itens são enviados para a cooperativa e vejo que a sustentabilidade ganha espaço cada vez mais”.

Publicidade

Veja também