Limpeza continua sendo a principal arma da população contra mosquitos

EDITORIAL -

Data 28/03/2018
Horário 09:36

Entra ano, sai ano. Uma nova semana, um novo dia, mas os problemas se repetem e são notícias constantes neste diário. Reclamações de terrenos abandonados que favorecem o aparecimento de escorpiões e outros bichos peçonhentos. Ruas e estradas com acúmulo de lixo e mato alto. Até cemitério com restos de caixões e coroas de flores que se juntam a outros resíduos e, espalhados pelo espaço, revoltam moradores. No Especial Bairros, publicado em O Imparcial aos domingos, entre as principais reivindicações dos munícipes, também está a limpeza de praças, vias e áreas de lazer.

Se a população cobra do poder público pelo serviço, que é um direito de todos, a própria população também é alertada e cobrada, devendo colaborar para manter estes pontos limpos, a começar pela sua casa. Conforme matéria publicada na edição de ontem, apenas nos três primeiros meses do ano, 106 donos de imóveis já foram notificados e três autuados pela VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal) de Presidente Prudente, por apresentarem, durante as visitas dos agentes, possíveis focos de vetores da dengue e leishmaniose visceral.

As medidas do órgão se referem ao cumprimento da Lei 9.249/2016, que dispõe sobre o combate, prevenção e controle dos criadouros dos mosquitos palha e Aedes aegypti. De acordo com a legislação, compete aos munícipes e responsáveis por estabelecimentos ou terrenos, públicos ou privados, adotar ações necessárias para a manutenção dos imóveis, deixando-os isentos de água parada, limpos, sem acúmulo de lixo, materiais inservíveis e em decomposição.

Quando é constatada alguma irregularidade, o morador é notificado para regularizar a situação nos prazos estabelecidos e, somente se não o fizer, será autuado. Dentre as penalidades, estão previstas advertência, multa, apreensão, inutilização e interdição do local. No ano passado, o número de notificações na cidade chegou a 430, sendo que 49 proprietários foram autuados e 22 multados.

Infelizmente, apesar de todo trabalho de conscientização que é feito, envolvendo mutirões de limpeza, campanhas de orientação e coleta de sangue em animais, ainda falta colaboração da população. Até mesmo em facilitar a visita dos agentes, prender o cachorro e mostrar o que pode ser um possível criadouro na residência.

Apesar de muitos já saberem de cor, o que deve ou não ser feito, vale a pena repetir as ações principais: evitar o acúmulo de água em recipientes como pratos, vasos, garrafas e pneus; remover folhas e tudo que possa impedir a água correr pelas calhas; colocar o lixo em sacos plásticos; e manter a lixeira fechada; vistoriar semanalmente seu quintal. O outono chegou. Com as temperaturas mais amenas, a tendência é que a preocupação diminua. Porém, o perigo da transmissão continua. E a prevenção também.

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