Lesões corporais têm recuo e homicídios oscilam

PRUDENTE - ANDRÉ ESTEVES

Data 04/05/2018
Horário 09:09

No primeiro trimestre dos últimos 10 anos, o total de casos de lesão corporal dolosa na 10ª RA (Região Administrativa) de Presidente Prudente teve um recuo de 31,77%, passando de 1.586 ocorrências no somatório de janeiro, fevereiro e março de 2008 para 1.082 registros no mesmo período de 2018. O intervalo entre ambos os anos, no entanto, foi permeado de altas e baixas, sendo que o maior pico ocorreu em 2012, com 1.656 notificações. A regressão dos números começa, de fato, a partir de 2013, quando passa a cair de 1.551 para a quantidade atual de casos. Hoje, a Polícia Civil atua justamente para evitar, sobretudo no ambiente doméstico, que tal violência evolua para homicídio, cujas estatísticas são menores na região de Presidente Prudente.

Conforme dados disponibilizados mensalmente pela SSP (Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo), a quantidade de vítimas de homicídio doloso se manteve em oscilação. No período que vai de 2008 a 2018, os números variam entre 11 e 24 pessoas assassinadas, sendo que o maior pico é verificado em 2010. Nos três primeiros meses deste ano, o total registrado foi de 15 mortos. A delegada seccional de Prudente, Ieda Maria Cavalli de Aguiar Filgueiras, explica que esta oscilação ocorre justamente porque o homicídio é um crime difícil de ser previsto e, principalmente, prevenido. O que pode ser feito, nesse sentido, é detectar situações em que pode haver desdobramentos piores, como no caso da violência doméstica.

Segundo Ieda, quando são notificadas a respeito desse tipo de agressão, o primeiro passo das delegadas da DDM (Delegacia em Defesa da Mulher) é se valerem das medidas protetivas para afastar o agressor do lar, pedir a sua custódia e, desta forma, evitar que ele conclua a sua intenção ou cumpra a sua ameaça. Ela explica que, atualmente, os crimes passionais representam o maior índice de homicídios na região, no entanto, os avanços na legislação contribuem para tentar evitar o feminicídio, a exemplo da Lei Maria da Penha, que visa amparar este público em uma situação de violência.

A delegada argumenta que, em âmbito geral, a polícia se esforça para dar uma resposta imediata para todos os casos de homicídio. Neste ano, por exemplo, todas as ocorrências registradas em Prudente foram esclarecidas. “Com isso, o autor já responde a todo o processo em custódia, motivo que faz com que as pessoas pensem antes de cometer um homicídio”, defende.

 

Criação: André Esteves / Fonte: SSP

 

Criação: André Esteves / Fonte: SSP

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