Justiça transfere Marcola e 21 membros de facção

Pedido para transferência a presídios federais foi feito pelo MPE depois da descoberta do plano de resgate de membros do grupo

REGIÃO - ROBERTO KAWASAKI

Data 13/02/2019
Horário 14:06
José Reis - Transferência ocorreu hoje, no Aeroporto Estadual de Presidente Prudente
José Reis - Transferência ocorreu hoje, no Aeroporto Estadual de Presidente Prudente

Na manhã de hoje, um forte esquema de segurança foi montado nas proximidades do Aeroporto Estadual de Presidente Prudente devido à transferência de 22 membros da facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios paulistas. Parte deles estava detida na Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira (P2) de Presidente Venceslau, sendo que 7 detentos – presos na operação Echelon, estavam em RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) em Presidente Bernardes. Dentre os transferidos está Marcos Hebas Camacho, o Marcola, considerado o principal líder da organização criminosa.

O governador João Doria (PSDB) e a cúpula da segurança pública do Estado concedem, nesta tarde, coletiva de imprensa sobre a operação. O pedido de transferência aos presídios federais foi feito pelo MPE (Ministério Público Estadual), por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) em novembro do ano passado, depois da descoberta do plano para resgatar membros do grupo, presos na unidade regional. Segundo o órgão ministerial, o documento foi acatado pelo Poder Judiciário na semana passada.

De acordo com o Ministério Público Estadual, depois de aceita a decisão judicial foi necessário montar o esquema de segurança para que a transferência ocorresse. Tudo ocorreu mediante sigilo, e as medidas cabíveis foram tomadas pela SAP (Secretaria de Administração Penitenciária), Depen (Departamento Penitenciário Nacional) e Ministério da Justiça. A expectativa é de que os presos sejam transferidos aos presídios federais de Porto Velho (RO), Mossoró (RN) e Brasília (DF).

Transferência aérea

Os detentos foram transferidos em dois aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) que partiram do Aeroporto Estadual de Presidente Prudente no período da manhã, em direção aos presídios federais. O forte esquema de segurança contou com o auxílio do Exército Brasileiro, Polícia Federal, dois helicópteros da Polícia Militar, Tropa de Choque e interdições de rodovias pela Polícia Militar Rodoviária. No aeroporto, que foi fechado para a entrada e saída de pessoas, policiais do Gate (Grupo de Operações Táticas Especiais) estavam fortemente armados.

 

 

 

 

 

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