Preso temporariamente desde a semana passada, o funcionário, de 42 anos, Itesp (Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo), deve permanecer encarcerado, uma vez que a Justiça acatou o pedido de prisão preventiva contra ele e outro réu, detido nesta quarta-feira (4). A prisão preventiva foi proferida pela juíza Patrícia Érica Luna da Silva, da Vara Única da Comarca do Fórum de Rosana. No documento, ela ainda atendeu a denúncia do MPE (Ministério Público Estadual) contra todos os seis envolvidos. Os réus fazem parte da investigação da Operação Tellus, acompanhada e notificada por este periódico.
Na decisão, Patrícia lembra da própria confissão do servidor, no qual ocorreu após a prisão temporária. Na ocasião, depois de um áudio ter sido incluso à investigação - que traz indícios da participação nas irregularidades dos dois réus presos preventivamente, o funcionário foi interrogado e confessou ter recebido vantagem para a realização de cadastros.
“Os graves indícios da participação dos réus estão demonstrados pelas declarações, depoimentos e interrogatórios prestados perante autoridade policial, inclusive com a confissão do próprio indiciado”, finaliza Patrícia.
Histórico
Como acompanhado pelo O Imparcial, o servidor foi preso pela Polícia Civil, investigado por suspeita de fraudar cadastro de interessado em obter a concessão de lote, junto ao Itesp. Na época, a polícia explicou que durante a prisão do primeiro suspeito, foram recolhidos materiais e documentos de propriedade do acusado, que corroboraram com informações obtidas na investigação inicial. A reportagem buscou o contato com os advogados do envolvidos, mas não obteve êxito nas tentativas.