No ano passado, o Estado de São Paulo registrou 898 óbitos entre pessoas com 18 a 24 anos, o que equivale a 18% do total. Uma preocupação e percentual que se iguala ao oeste paulista. De janeiro a abril de 2017, das 50 mortes de trânsito registradas na região, segundo dados do Sistema de Informações de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo (Infosiga), nove foram de pessoas na faixa etária relatada, o que representa, assim como no Estado, 18% do montante. Na sequência, o levantamento aponta vítimas de 30 a 34 anos com 14% das mortes. Em Presidente Prudente, neste período analisado, das oito mortes contabilizadas, duas foram de jovens.
O que não deixa de ser uma preocupação, de acordo com a delegada seccional da Polícia Civil de Prudente, Ieda Maria Cavalli de Aguiar Filgueiras. Ela explica que não há muito o que ser feito, quando o principal cuidado deve ser do cidadão. “O álcool, infelizmente, ainda é o principal ingrediente para que as ocorrências ocorram. O que vai reduzir os acidentes é cada um se preocupar em ser mais prudente. As autoridades promovem atos de educação, mas ela deve começar também dentro de casa, com exemplos”, ressalta.
Para o sociólogo Renato Herbella, além do álcool, como citado pela delegada, hoje em dia, há outro fator que possui um perigo igual à embriaguez: a tecnologia. “A distração ocasionada pelos aparelhos é muito grande, pois além da ligação, temos aplicativos que também impulsionam isso. Somado ao fato de que o jovem está sempre ativo, na correria e esquece que ele também é mortal”, completa. A ilusão de vida eterna, ainda de acordo com o sociólogo, é nítida.
Erramos
Na edição de sábado deste diário, a mesma matéria foi publicada, porém, com um erro. Diferente do noticiado, o percentual e os números referentes às mortes não se restringem apenas ao município de Prudente, mas sim ao oeste paulista. O levantamento levou em conta as 53 cidades que compreendem a região.