Jovens participam de clínica de futebol de mesa

TRADICIONAL Haverá torneio de futmesa hoje, no Sesc Thermas de Presidente Prudente; evento é gratuito e aberto ao público

Esportes - ANNE ABE

Data 19/11/2017
Horário 10:17
Marcio Oliveira, José Luís joga há 48 anos e diz ser “uma tradição brasileira”
Marcio Oliveira, José Luís joga há 48 anos e diz ser “uma tradição brasileira”

Popular nas décadas de 1970 e 1980, o futebol de mesa, também conhecido como futmesa, despertou o interesse da garotada presente no Sesc Thermas de Presidente Prudente, durante a manhã de ontem. Na ocasião, ocorreu o primeiro dia da Clínica de Futebol de Mesa, em que os tradicionais jogadores foram trocados por discos de acrílico acionados por uma palheta na mão do competidor, o botonista. O gramado para a disputa deu lugar a uma mesa de madeira e a bola por uma espécie de dado com 6 mm. A clínica tem continuidade hoje, a partir das 10h, com um torneio de futmesa, gratuito e aberto ao público.

O idealizador da oficina e professor de Educação Física, José Luís Mendonça, diz que o intuito da clínica é apresentar o esporte e despertar o interesse do público jovem para tal prática, haja vista que é algo desconhecido pela maioria, que já cresce cercado pela tecnologia.  “Jogo há 48 anos, desde que aprendi a jogar com o meu irmão. Acho importante as crianças terem contato com esse esporte que começou no Brasil, por volta da década de 1920. Então, é uma tradição brasileira”, complementa.

O profissional explica que os participantes aprendem a modalidade do dadinho (9 toques), que facilita o aprendizados dos principiantes, pois a bolinha possui apenas 1 cm de diâmetro e acaba sendo mais sensível ao toque. O companheiro de equipe, Constâncio Issas Moura, completa a informação, explicando que existem outras modalidades no esporte, que se diferenciam pela quantidade de toques que um jogador pode realizar até chutar para o gol: de 12 (regra paulista), 3 (regra carioca) e 1 (regra baiana).

“O dadinho não sofre tanta interferência do ambiente e o vento, quanto a bolinha. Então, se torna mais fácil para quem está começando. É um jogo muito individual, porque quem joga é o técnico, os jogadores e também o torcedor. Com isso, as crianças terem contato com um esporte fora das telas dos computadores”, expõe Constâncio.

 

Primeira vez

O futebol de mesa era algo inteiramente desconhecido ao estudante Samuel Ricardo Batista da Silva, 17 anos, que nunca havia jogado e nem sabia da existência do esporte. Conta que achou interessantes as regras aprendidas, mas teve dificuldades em manusear a palheta, chapa de acrílico, utilizada para mover o jogador, ou melhor, o botão. “Achei interessante e diferente ao mesmo tempo, porque não conhecia. Algo totalmente novo pra mim”, declara.

A mesa verde sob os botões chamou a atenção do Ítalo Miguel Sales Gomes, que levou o irmão mais velho para aprender uma nova brincadeira juntos. Com apenas 6 anos, o esporte também era novo para eles, mas despertou a mesma animação do típico futebol, tanto que vibravam a cada gol que conseguiam marcar. “Achei fácil de jogar e muito emocionante, já peguei o jeito”, afirma.

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