A Polícia Civil finalizou ontem à tarde o interrogatório sobre o homicídio doloso ocorrido no final de semana, em uma represa em Pirapozinho. Na delegacia, o investigado, de 20 anos, chegou acompanhado do advogado de defesa e se negou a falar sobre o crime. Conforme o setor de investigações, o homem não demonstrou arrependimento e, enquanto esteve na frente do delegado, aparentou frieza.
De acordo com a polícia, o investigado se negou a comentar sobre o crime e disse que falará apenas em juízo. Depois de formalizada a apresentação, o homem foi conduzido à cadeia pública de Presidente Venceslau, onde deverá permanecer em cárcere enquanto aguarda a finalização do inquérito policial.
Dívida de R$ 700
O investigado foi preso na segunda-feira, suspeito de ter assassinado um rapaz de 25 anos em uma represa na área rural de Pirapozinho. O corpo foi encontrado no sábado por um pescador. Conforme o delegado Rafael Guerreiro Galvão, a motivação seria um acerto de contas do tráfico de drogas entre os dois rapazes.
Mediante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do suspeito, foi encontrada a arma do crime, bem como a roupa utilizada por ele na data do ocorrido.
Com o material apreendido, relato de testemunhas e da esposa da vítima, o delegado ressalta que o crime se motivou por uma dívida de R$ 700 referente ao tráfico de drogas. “Ambos eram criminosos e estavam no tráfico de drogas regional e local”, salienta.
Manchas de sangue
O trecho onde o corpo foi localizado fica em uma chácara, na altura do km 473, sentido Tarabai. Conforme o boletim de ocorrência, quando a Polícia Militar chegou ao local, o Corpo de Bombeiros já estava colocando o cadáver na margem da represa.
A Polícia Científica também compareceu e, enquanto realizava o trabalho de perícia, observou que nas proximidades da represa havia um prato de louça, um isqueiro e uma lâmina.
Os materiais foram recolhidos e deverão ser analisados. Ainda, havia manchas de sangue ao redor dos objetos. Como o corpo não estava em estado de decomposição, foi possível o reconhecimento preliminar e, segundo a polícia, trata-se de um indivíduo usuários de drogas, conhecido nos meios policiais.