Inove com Covid-19

É preciso administrar o desequilíbrio emocional nesse momento de pandemia. O pânico leva a desordens, alvoroços, desequilíbrio e incapacidade para pensar os pensamentos. Estamos vivendo momentos esquizoparanoides em que ideias persecutórias, ameaçam constantemente e nos rondam em direção a nossa destruição. Ficamos divididos entre o real e o imaginário. Uma fantasia de terror sem nome. É o efeito do poder dos grupos e das massas.  É preciso refletir sobre o que é real nessa situação da pandemia-coronavirus com os fatos de especulação excessiva oferecida pela mídia.

Evite construir ideias de catástrofes irreversíveis. Estamos atravessando uma temporada de contagio e há cientistas “Einstennianos” altamente capacitados que já estão em vias de efetivar a vacina para combater o inimigo. E por falar em Einstein, lembro que os alemães chegaram para ele e pediram para construir uma bomba química para dizimar os inimigos, ele recusou terminantemente. Outros cientistas, infelizmente com outros interesses, criaram.  A bomba invisível levava a morte por asfixia em segundos. Ele lamentou muito e enviou a Sigmund Freud uma carta perguntando: Por que a guerra? A humanidade já passou pelo holocausto e muitas outras situações traumáticas. A raça humana nunca foi extinta. Para Freud (1921) em seu texto Psicologia de Grupos e a Análise do Ego, mostra que, na massa, produz-se uma regressão, de forma que o indivíduo adota um comportamento semelhante ao de um primitivo ou de uma criança. Tomado isoladamente, um indivíduo pode ser culto, mas em grupo, vítima de suas pulsões, torna-se bárbaro. Em tempo de pandemia é necessário serenidade e muita calma.

Vamos evitar multiplicar em redes, informações falsas e desnecessárias. Há muito tempo que nossos smartphones são protagonistas em nossas vidas. Deixe-os um pouco de lado e retorne para o “tão esquecido” ou “adormecido” que são as questões dos afetos, experiências emocionais, diálogos, pendências de livros parados no criado-mudo, ajeitar álbuns de fotografias, aprender a cozinhar, assistir filmes, etc. É tempo de reflexões e nada é por acaso. Quem sabe tudo isso, possa nos ajudar a pensar em mudanças com relação a nossa visão sobre esse mundo em que vivemos hoje. Observamos atualmente, uma enorme regressão no que concerne nossa consideração e reconhecimento do outro, como nosso semelhante, manifestações violentas, desqualificadas e de descaso e ódio em relação aos mais desfavorecidos e àqueles diferentes de nós. E isso não é só aos seres humanos, mas os outros seres vivos e nossa mãe terra.

O que será preciso acontecer, para despertar o ser humano do seu estado ilusório? Da onipotência a impotência e a certeza da morte, convivemos com fragilidade e vulnerabilidade. Sabendo que viver é um/o risco, em que direção desejamos chegar? Não há outra solução para o que estamos vivendo nesse momento, senão ter resiliência. E resiliência não é sair por aí, estocando papel higiênico. É ter capacidade de se recobrar facilmente ou se adaptar à má sorte ou às mudanças. Aprender a lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas como choque, estresse, enfim, algum tipo de evento traumático, como esse do Covid-19. Inove, é preciso.

 

 

 

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