Infestação deixa moradores do Ouro Verde em alerta

PRUDENTE - ANDRÉ ESTEVES

Data 17/10/2018
Horário 04:04
Arquivo - Área verde seria origem dos escorpiões no Jardim Ouro Verde, afirmam vizinhos
Arquivo - Área verde seria origem dos escorpiões no Jardim Ouro Verde, afirmam vizinhos

A proliferação de escorpiões no espaço urbano mantém os moradores do Jardim Ouro Verde, em Presidente Prudente, em constante estado de alerta. Segundo eles, a principal causa do problema seria a falta de manutenção em uma APP (área de preservação permanente) localizada no entorno da Rua Adolpho Albarelli Rangel, que é alvo frequente da disposição inadequada de entulhos. Para evitar a prática irregular e, com isso, conter a multiplicação dos animais, os munícipes solicitam, desde 2016, a implantação de alambrado e calçada em volta da referida área. Em reportagens veiculadas por este periódico, a Prefeitura demonstrava o interesse em viabilizar os dispositivos para a população, mas alertava a necessidade de captar recursos para a compra do material e execução das obras.

Em novo posicionamento, a administração informa que continua em busca de verbas para implantação de alambrados e cercamento em fundos de vale e áreas verdes em diversos pontos da cidade, inclusive no local em questão. Nesse sentido, uma das possibilidades é utilizar verba do Fundo Municipal de Meio Ambiente, o que depende de aprovação do conselho.

Enquanto nenhum avanço ocorre, moradores adotam medidas preventivas para garantir a segurança de suas famílias e conseguir dormir um pouco mais tranquilos. É o caso da auxiliar de escritório, Luciana Mangueira Doroteu de Carvalho, que se viu obrigada a privar o filho pequeno de brincar no próprio quintal para afastar a ameaça. Além de proteger frestas de portas, ralos e janelas, ela chegou a vedar os interruptores de sua casa, uma vez que já viu um escorpião sair dali. “A única coisa que pedimos é que a Prefeitura intervenha, cerque o espaço e faça a limpeza frequente. Enquanto estiver abandonada, a área vai continuar recebendo lixo”, pontua.

O mestre de obra, José Marcelo Santana, 51 anos, tirou uma manhã para remover as cascas de dois troncos que ocupam a calçada de sua residência. O objetivo era impedir que os escorpiões encontrassem condições de abrigo neles. Na ocasião, ele convidou a reportagem para percorrer os cômodos de sua casa, onde apontou algumas modificações realizadas para assegurar o local. No seu banheiro, por exemplo, ele trocou o ralo comum por um com válvula de fechamento. O morador relata que há um vizinho que, eventualmente, faz a limpeza da área, mas diz ser insuficiente, porque as pragas continuam aparecendo. “Se não perdi as contas, já matei 8 ou 10 escorpiões”, conta.

A dona de casa Rosirene Soares de Oliveira, 48 anos, por sua vez, relata que já avistou escorpiões no seu teto, dentro do guarda-roupa e em cima da pia da cozinha, enquanto lavava a louça. “Por muito pouco, não fui picada”, relembra. Ela diz que não abre a janela do seu banheiro há anos e faz vistorias constantes no seu quintal. Em sua opinião, a mata é, sem dúvidas, a origem do problema, considerando que as casas que registram o aparecimento do bicho estão situadas perto dela. “É preciso que, além de cercar a área, a Prefeitura faça a fiscalização para impedir que as pessoas joguem lixo”, pontua.

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