Infectologista orienta sobre uso correto de máscaras

PRUDENTE - WEVERSON NASCIMENTO

Data 07/04/2020
Horário 08:34
 Isadora Crivelli - Máscara deve ser trocada sempre que apresentar umidade  
Isadora Crivelli - Máscara deve ser trocada sempre que apresentar umidade  

O uso de máscaras vem sendo constante por parte da população, diante da pandemia do novo coronavírus, o Covid-19. Mas, a real situação é que estes EPIs (equipamentos de proteção individual) são necessários apenas em alguns casos específicos, visando à segurança de seus usuários, conforme orienta o médico infectologista André Luiz Pirajá da Silva.

No momento atual, ele explica que a máscara é destinada somente para pessoas infectadas ou com suspeita do Covid-19, para que se evite o contágio, além de profissionais da saúde. Para o uso destes produtos, segundo o infectologista, o paciente deve seguir algumas orientações já ditadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), como o não manuseio com as mãos e a troca sempre que o material apresentar umidade, seja de secreções do nariz ou da boca. “Mais importante do que o uso de máscaras é a forma correta de higienização das mãos, ou seja, o acúmulo de secreções que podem ser levadas à boca, olhos e nariz. Então, a higienização constante também é necessária”, ressalta.  

No entanto, o uso correto do EPI também deve obedecer algumas regras, segundo o infectologista. O modelo N95 deve ser utilizado apenas por profissionais da saúde, que, por ventura, realizarem procedimentos invasivos. Já o modelo de tripla camada, encontrado em farmácias e grandes redes varejistas, pode ser utilizado por pacientes suspeitos ou confirmados, desde que realizem a troca após o material apresentar sinais de umidade – o modelo também se estende para profissionais de saúde, desde que não realizem procedimentos invasivos.

NOTA TÉCNICA

DA ANVISA

Recentemente, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou uma nota técnica, que orienta os profissionais de saúde a utilizarem máscaras N95 ou equivalentes por um período maior que o indicado pelos fabricantes, desde que a máscara esteja íntegra, limpa e seca. “A agência não orienta o uso de máscaras vencidas, mas indica o uso além do prazo de validade designado pelo fabricante. Isso porque muitos desses produtos têm indicação de descarte a cada uso”. A orientação foi definida pela Anvisa em conjunto com representantes de diversas associações de profissionais da área de controle de infecções, além do Ministério da Saúde.

A nota técnica orienta alguns ajustes na indicação do uso de EPIs para algumas situações, desde que sejam seguidos critérios bem definidos. O texto detalha, por exemplo, que o uso de máscara cirúrgica deve ser feito apenas por pacientes com sintomas de infecção respiratória (febre, tosse, dificuldade para respirar) e profissionais de saúde e de apoio que prestarem assistência a menos de um metro do paciente suspeito ou caso confirmado.

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