A Boa Vista divulgou os dados indicadores do registro de inadimplentes e que revelam, na cidade de Presidente Prudente, uma queda no número de consumidores devedores em 7,2% no acumulado do ano de 2019, ou uma retração maior ainda se analisada a variação interanual, em relação ao mês de julho se comparado com o mesmo período no ano anterior, com queda de 11,4%. “A notícia é positiva e pode representar uma consciência maior por parte dos consumidores, além de uma frágil recuperação econômica”, informou o economista Walter Dallari.
De acordo com a Boa Vista, criada há mais de 60 anos como SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), os dados também revelam uma queda no registro de inadimplentes da 10ª RA (Região Administrativa) do Estado, que é a região de Presidente Prudente, já que no acumulado do ano a retração é de 7,8% e se analisados os meses de julho de 2018 e 2019, a retração é de 11,8%. Em nível de informação, respectivamente, estes mesmos dados do Estado apresentam queda de 3,4% e 2,5%. A pesquisa, no entanto, não apresenta dados exatos e que resultaram nas variações em porcentagens.
Ainda conforme o economista, esses números podem estar ligados a uma extensão do período de crise enfrentado pelo país nos últimos anos e que pode ter feito com que os moradores da região tenham aprendido a administrar os seus recursos. “Aponto ainda para uma pequena melhora na situação econômica do país, mesmo que frágil, mas que já direciona para um bom cenário futuramente”, esclarece. Ele informa ainda que é possível melhorar o desempenho regional, visto que o fim do ano se aproxima e, com ele, será possível que as famílias se programem financeiramente.
“A orientação será sempre a mesma: as pessoas, se receberem uma renda extra, como o 13º salário, ou se tiver uma reserva em conta, a prioridade será sempre o pagamento de contas em atraso, para não cair nos juros, e poupar para as contas sazonais de início de ano”, acrescenta o especialista. Ele orienta que, desta forma, “não é hora de se endividar”.
Fatores diversos
O presidente da Acipp (Associação Comercial e Empresarial de Presidente Prudente), Ricardo Anderson Ribeiro, por sua vez, esclarece que a queda não está necessariamente relacionada com a conscientização populacional, e ressalta que outros fatores podem estar ligados, como a queda no consumo regional, já que, sem vendas, não há aumento no número de inadimplentes. “Há ainda a quantidade expressiva de compras por meio de cartão de crédito e que não entram nessa contagem, mesmo que haja a inadimplência”. Para ele, a tendência é que os dados continuem em queda, a não ser que haja um aquecimento, por exemplo, do comércio.
