Imunização é questão de saúde pública e deve ser aderida por toda a população

EDITORIAL -

Data 12/04/2019
Horário 04:00

Corredores vazios. Esta foi a realidade encontrada por este diário no primeiro dia da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, conforme reportagem publicada na edição de ontem. Aberta inicialmente para crianças com idade superior a seis meses e inferior a seis anos, gestantes e puérperas, a ação contou com baixa adesão por parte do público-alvo. A situação já deixa receosa a equipe da VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal), uma vez que estes são exatamente os grupos que menos procuraram a dose em edições anteriores.

Embora estes sejam apenas os dias iniciais da imunização, é preciso, desde cedo, sensibilizar os grupos prioritários a buscarem o posto de saúde mais próximo, a fim de garantirem a sua própria proteção e a de toda a sua família. Embora notícias falsas defendam o contrário, a vacinação permanece como o método mais seguro para evitar enfermidades graves, bem como promover o bem-estar da população. É importante que, nesse momento, os cidadãos não deem qualquer crédito para campanhas antivacinas nem se deixem enganar pelas fontes de informação onde normalmente circulam – as redes sociais, cujos conteúdos não passam por qualquer filtragem prévia que lhe assegurem credibilidade.

É válido ressaltar que a recusa pela imunização cria uma rede de pessoas expostas a agentes infecciosos. Tais males não só afetam as pessoas que optaram por renunciar à dose, como também aquelas que não podem ser vacinadas por não terem idade suficiente ou porque a sua imunologia não permite. Nesse contexto, o que é entendido por alguns como uma decisão pessoal pode ter como resultado um grave problema de saúde pública.

Ciente disso, o governo federal chegou a definir como temática para o Dia Mundial da Saúde, celebrado no último dia 7, a importância da imunização, em virtude do registro das baixas coberturas vacinais, que possibilitaram o reaparecimento de doenças que já estavam erradicadas no Brasil, como, por exemplo, o sarampo. Nesse sentido, a promoção dos sistemas de comunicação e a ampliação de estratégias que favoreçam a adesão à imunização se mostram a melhor saída para impedir que a omissão prejudique a saúde humana.

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