Hospital Regional reúne mais 100 pessoas em ação de saúde

Evento, realizado ontem, conscientizou sobre os sintomas que afetam a voz e a garganta; após triagem, pacientes com alguma alteração foram orientados a buscar assistência médica

PRUDENTE - ROBERTO KAWASAKI

Data 17/04/2018
Horário 08:56
Marcio Oliveira  - Pacientes passaram por triagem médica, para ver se alguma suspeita de doença era identificada
Marcio Oliveira - Pacientes passaram por triagem médica, para ver se alguma suspeita de doença era identificada

Imagine se de uma hora para outra, sua voz desaparecer completamente. Talvez como consequência de uma simples rouquidão ou até mesmo por doenças até então não diagnosticadas. Com o intuito de conscientizar a população sobre os métodos de prevenção para evitar distúrbios na voz e problemas na garganta, o HR (Hospital Regional) Dr. Domingos Leonardo Cerávolo de Presidente Prudente promove até sexta-feira, uma programação especial para comemorar a 20ª Semana Nacional da Voz. Ontem, das 9h às 16h, a Liga de Otorrinolaringologia e Fonoaudiologia da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) realizou mais de 100 atendimentos em uma ação de saúde.

Durante o atendimento médico, os pacientes passaram por uma triagem com os profissionais para ver se identificavam alguma suspeita de doença associada. De acordo com a fonoaudióloga, Mariana Passos Rodrigues, os profissionais fazem uma apalpação na garganta, bem como uma observação da cavidade oral e garganta dos pacientes. Caso algo de irregular seja observado, a pessoa é orientada a procurar assistência médica.

Dentre os sintomas que ela considera ao paciente buscar orientações estão: rouquidão permanente; tosse por mais de 15 dias; pigarro constante; dificuldade para engolir; e qualquer sensação de incômodo na garganta. Mariana diz que todos são indícios de alteração vocal, que podem indicar até mesmo um possível câncer de laringe. Desta forma, incentiva os pacientes a procurarem um otorrinolaringologista ou fonoaudiólogo quando sentir algo estranho, “inclusive crianças, que gritam demais”.

Quando o paciente procura a ajuda médica, os riscos de desenvolvimento de possíveis doenças diminuem. Mariana explica que existem tratamentos para qualquer alteração de prega vocal, seja pelo método cirúrgico ou terapia fonoaudiológica. “Quanto mais precoce o diagnóstico, melhor”.

 

Manter a saúde

Enquanto aguardava o processo de triagem, a dona de casa Márcia Rosângela dos Santos, 52 anos, não escondia a ansiedade em ser atendida pela equipe médica. Ela conta que há alguns anos sofre com problemas de rouquidão e, que, após perder parte da audição devido a problemas de saúde, passou a se preocupar ainda mais com os sintomas que surgem. “Eu acredito que esse atendimento aqui no hospital é necessário. Vim acompanhar uma amiga numa consulta e aproveitamos para vir aqui”, afirma.

Para a aposentada Ozania Cosmo, 68 anos, manter a saúde em dia “é algo que todos deveriam fazer”. Devido a uma gripe forte, ela diz que perdeu a voz duas vezes e isso a deixou preocupada. “Percebi que estou com rouquidão e não perdi tempo, vim fazer os exames”, expõe.

Ainda dentro da programação, o HR realiza na quinta-feira duas palestras sobre o tema (câncer de laringe e métodos de preparação da voz), com otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos: uma às 9h30, voltada ao público em geral e outra às 10h30, aos colaboradores da unidade. Na sexta, às 10h30, o AME (Ambulatório Médico de Especialidades) promove uma palestra, também aos colaboradores, com o objetivo de esclarecer as curiosidades sobre o uso adequado da voz.

 

SAIBA MAIS

De acordo com fonoaudióloga, o alcoolismo e o tabagismo, “principalmente quando associados”, apresentam maiores riscos de uma disfonia, sendo o mais frequente o câncer. Além disso, o uso de alguns medicamentos sem prescrição médica também acaba trazendo consequências para esta área do corpo. Para reduzir os riscos de desenvolver alguma patologia, Mariana afirma que é importante ingerir “bastante água”, bem como cuidar da voz com frequência.

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