Atualmente, o HRCPP (Hospital Regional do Câncer de Presidente Prudente) realiza atendimentos nos setores de quimioterapia, radioterapia, ambulatório, preventivos de urologia e pequenas cirurgias. Com o início dos procedimentos de média e alta complexidade, o hospital passará a funcionar 24 horas por dia, contando também com internações.
Hoje, o custo de uma cirurgia é muito alto, explica o diretor-presidente Francelino Magalhães. No entanto, o hospital conta com recursos humanos e os equipamentos necessários. Inclusive, de acordo com ele, dentro do programa de cirurgias, já está prevista a instalação de uma UTI (unidade de terapia intensiva) geral e pediátrica, a qual é possível estimar de custos com pessoal, em torno de R$ 215 mil/mês, definidos por legislação própria, além de medicamentos, em torno de R$ 100 mil, e das despesas programadas. “É um passo para mostrar que temos condições, que é viável e que conseguimos oferecer o que temos de melhor, mas ainda somos limitados”, expõe.
O diretor-clínico do HRCPP, Felipe de Almeida e Paula, explica ainda que, quando a unidade passar a funcionar em “full time”, com recursos e teto financeiro, a demanda que é atendida em outras unidades no Estado, mesmo diante do excelente atendimento que as mesmas oferecem, será possível trazer essa população de volta e melhorar a fila oncológica. “Essas pessoas sofrem em fazer atendimentos nessa distância. Então, ainda não é possível prever a quantidade de procedimentos, mas a ideia é que elas migrem lentamente e progressivamente diante dos custos, promovidos pela unidade”. Além disso, o hospital prevê o funcionamento do Centro de Diagnóstico por Imagem até o fim deste ano, contemplando exames de mamografia, tomografia, ressonância magnética e raios-X.
Mesmo com os serviços oferecidos pelo HRCPP, a unidade ainda não possui o credenciamento ao SUS (Sistema Único de Saúde). Atualmente, o hospital conta com parceria com a Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente, no que diz respeito à soma de recursos financeiros, no entanto, os repasses ainda não suprem a demanda de procedimentos.
Em nota, o Ministério da Saúde informa que não faz repasses a nenhum estabelecimento de saúde diretamente. A pasta envia os recursos aos Fundos Estaduais e Municipais de Saúde, cabendo os gestores locais destinarem os recursos, conforme necessidade e arranjo do território. Desta forma, a pasta esclarece que, até outubro deste ano, foi repassado ao Fundo Municipal de Saúde, R$ 10,3 milhões para o custeio de procedimentos de alta e média complexidade, como internações e atendimentos oncológicos. Já em dezembro de 2018, o repasse federal foi de R$ 10,1 milhões.
Primeiros pacientes e corpo clínico
Procedimento: mastectomia simples
Paciente: Carla Regina de Souza Mello, 35 anos
Cidade: Presidente Epitácio
Cirurgião: Luis Antônio Bugalho
Cirurgião-auxiliar: Rafael da Silva Sá
Anestesista: Sandra Junqueira
Instrumentadora: Cícera Senna
Circulante: Marta Leonardo
Enfermeira: Lucile Borges
Procedimento: protatectomia por vídeo
Paciente: João Augusto Giareta, 63 anos
Cidade: Presidente Prudente
Cirurgião: Felipe de Almeida e Paula
Cirurgião-auxiliar: Ravisio Israel Junior
Anestesista: Marina Takaku
Instrumentadora: Marcia Cristina
Circulante: Gabriela Pedrossa e Daielen Alves Borges da Silva Torres
Enfermeira: Lucile Borges
Foto: Daniel Teixeira
Francelino ressalta a importância de investimentos no hospital