O câncer de mama, segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), é o tipo da doença mais comum entre as mulheres no mundo e também no Brasil, depois do câncer de pele, sendo que representa aproximadamente de 28% dos casos novos a cada ano. Ainda segundo o instituto, a estimativa de novos registros para este ano é de 59.700 que, se detectados em fases iniciais, aumentam as chances de tratamento e cura. O HRC (Hospital Regional do Câncer) de Presidente Prudente, somente neste ano, no setor de radioterapia, já atendeu 69 pacientes com o câncer de mama, o que representa quase 20% do total de atendimentos. Já no HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo, 1.772 mulheres foram diagnosticadas com câncer de mama apenas neste ano, sendo que a unidade realizou mais de 5 mil mamografias em pacientes. Juntas, as unidades somam 1.841 registros em 2018.
Ainda de acordo com o Instituto Nacional do Câncer, a doença que acomete a mama é relativamente rara em mulheres com menos de 35 anos, sendo que acima desta idade, a incidência cresce progressivamente, principalmente após os 50 anos. Sobre prevenção, o Inca afirma que ela não é totalmente possível no câncer de mama, em função da multiplicidade de fatores relacionados ao surgimento da doença, mas ressalta que, de forma geral, a prevenção pode ser baseada no controle de fatores de risco e estímulo aos fatores protetores. “Estima-se que por meio da alimentação, nutrição e atividade física, é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama”.
Conforme o mastologista, Rafael Sá, o câncer de mama é passível de cura, se diagnosticado precocemente, e lembra que o exame de mamografia é um grande aliado nessa luta, já que possibilita uma capacidade maior de descobrir lesões pequenas e que não são palpáveis, as conhecidas lesões iniciais. “O tratamento é diferente para cada caso e são várias as etapas. Mas ele pode englobar a cirurgia de mama, quimioterapia, que pode durar até cinco meses, e radioterapia que dura em média um mês”. O autoexame é lembrado por Rafael, já que o conhecimento do próprio corpo pode ajudar no diagnóstico.
Ainda segundo o especialista, algumas variáveis influenciam na decisão da retirada da mama, como a localização do tumor, tamanho e relação tumor - mama, mas ele lembra que hoje é priorizado um tipo de cirurgia considerada como conservadora, que, como o próprio nome diz, conserva o máximo possível da mama, ressecando a lesão e preservando o seio. “Acho válido deixar um apelo à população, de que a mamografia, tão importante, não causa o câncer de tireoide, como muitos acreditam. O exame é fundamental e não há necessidade de preocupação”.
Cenário local
O Hospital Regional do Câncer de Presidente Prudente afirma que de janeiro a setembro deste ano, a ala de radioterapia recebeu 352 pacientes, sendo que 69 deles (19,6%) eram atendimentos relacionados ao câncer de mama. No ano passado, neste mesmo período, a porcentagem de atendimentos relacionados à mesma doença era o de 23,8%, o que apresenta uma queda de 4,2 pontos percentuais de um ano ao outro, já que foram 277 atendimentos, sendo 66 relacionados ao câncer de mama. “O hospital ainda não realiza mamografias, visto que está em processo de equipagem do Centro de Diagnóstico e Imagem. Todo o serviço feito na área de exames foi realizado por meio de mutirões, como este ano, com a Carreta da Mamografia, que ficou todo o mês de maio na unidade e realizou 1,2 mil mamografias”.
O HR, por sua vez, afirma que em 2018, foram diagnosticadas 1.772 mulheres com o câncer de mama na unidade, 130 a mais do que no ano passado, quando até setembro, foram 1.642 diagnósticos. “No período, foram realizadas 5.102 mamografias, sendo que no ano passado, até setembro, a unidade realizou 4.691 exames”.
Superação
A aposentada Marineide Pedrosa da Silva tem 53 anos e foi diagnosticada com a doença em fevereiro de 2005 ao realizar o autoexame e identificar um caroço na mama. “A partir de então, foi uma luta para encontrar o câncer, e só fui ter certeza em novembro do mesmo ano. A minha cirurgia foi em 23 de novembro de 2005 e, na mesa do hospital, autorizei a retirada total do seio esquerdo”, afirma.
Marineide ressalta que nunca precisou de apoio para aceitar a doença, já que ela soube lidar bem com a notícia, fator que foi fundamental para o futuro, já que há quatro meses ela retirou um novo câncer, desta vez no pâncreas. “Eu só penso que quero ficar curada e levo de forma tranquila, pois precisamos cuidar do nosso psicológico. Costumo dizer que a vida é muito curta, por isso, em vez de nos preocuparmos, precisamos viver”.
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Sintomas do câncer de mama
O câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais, na maioria dos casos, por meio dos seguintes sinais e sintomas:
- Nódulo (caroço) fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da doença, estando presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher.
- Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja.
- Alterações no bico do peito (mamilo).
- Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço.
- Saída de líquido anormal das mamas.
Esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados, porém, podem estar relacionados a doenças benignas da mama. A postura atenta das mulheres em relação à saúde das mamas, que significa conhecer o que é normal em seu corpo e quais as alterações consideradas suspeitas de câncer de mama, é fundamental para a detecção precoce dessa doença.
Fonte: Inca (Instituto Nacional do Câncer)
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Agenda Outubro Rosa no HRC (Hospital Regional do Câncer) de Presidente Prudente
Data: 16 de outubro de 2018
Local: Casa dos Médicos
Horário: 20h
Ação: Palestra com a mastologista Maria Assunção Guedes
Data: 19 de outubro de 2018
Local: Auditório do HRC
Horário: 10h
Ação: Palestra com o cirurgião plástico Alisson Yoshiharu
Agenda no Hospital Regional Doutor Domingos Leonardo Cerávolo
Data: 20 de outubro de 2018
Local: HR
Horário: 8h
Ação: Mutirão de prevenção ao câncer de mama para as funcionárias do HR e AME
Data: 24 de outubro de 2018
Local: HR
Horário: 10h
Ação: Palestra com a nutricionista Sandra Genaro e entrega de lenços para as pacientes
