Hipertensão tem incidência de até 80% em pessoas idosas

PRUDENTE - WEVERSON NASCIMENTO

Data 26/04/2019
Horário 08:30
Arquivo - Doença é diagnosticada pela aferição da pressão arterial, que deve ser realizada por um médico ou profissional da saúde
Arquivo - Doença é diagnosticada pela aferição da pressão arterial, que deve ser realizada por um médico ou profissional da saúde

Hoje, 26 de abril, é comemorado o Dia Nacional de Prevenção à Hipertensão Arterial. Esta data tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre os cuidados básicos para prevenir a hipertensão arterial, doença crônica que segundo o médico cardiologista Nabil Farid Hassan, 56 anos, de Presidente Prudente, tem incidência de até 80% na população idosa, sendo elas as mais suscetíveis à doença. Segundo o médico, às causas mais comuns da hipertensão são: envelhecimento, obesidade, hereditariedade, excesso no consumo de sal, além do tabagismo e sedentarismo que também interferem no desenvolvimento da pressão alta. No que diz respeito às consequências, a maior incidência é o AVC (acidente vascular cerebral), popularmente chamado de derrame. 

A pressão alta, na maioria das vezes, não apresenta qualquer sintoma ou sinal e é considerada multifatorial, ou seja, pode estar relacionada a outras patologias. Segundo o médico, na maioria dos pacientes a pressão alta é assintomática, mas em algumas situações apresentam dor ou pressão na cabeça, especialmente na nuca, cansaço excessivo, tonturas e falta de ar, características que podem facilmente ser confundidas com outros fatores.

 

Diagnóstico e prevenção

Segundo o cardiologista, em uma consulta de exame físico e verificação arterial, pode às vezes determinar a tendência ou não do indivíduo ser hipertenso. A doença é diagnosticada pela aferição da pressão arterial, que deve ser realizada por um médico ou outros profissionais capacitados da saúde. “É imprescindível à utilização de técnicas adequadas, além de equipamentos calibrados e validados”, explica o médico.

Quanto ao diagnóstico, Nabil fala que é comum quando o paciente chega ao consultório com a pressão alta pela ansiedade de estar no local e, nesses casos, são necessários outros exames para identificar o “pico hipertensivo isolado”, como o Mapa (monitorização ambulatorial de pressão arterial - 24 horas).

Às medidas preventivas baseiam-se na identificação dos riscos e nas modificações do estilo de vida. Desta forma, orienta diminuir o estresse, não ganhar peso, fazer uma alimentação saudável e praticar esportes.

Tratamento

A pressão é tratada de acordo com os níveis e as patologias associadas à ela. De acordo com o cardiologista, existe o tratamento sem medicamento que é feito através de dietas e atividades físicas, e nos níveis mais altos há necessidade de medicação. Nestes casos, explica que o ideal é tomar a medicação de forma correta e não somente como forma de controlar a hipertensão. “É fundamental estar com a pressão controlada e, para as pessoas que tomam medicamentos de tempos em tempos, se faz necessário verificar como está o quadro e reajustar a dosagem, pois não há cura”.

Quanto aos mais jovens, caso haja a incidência da doença, se faz necessária a investigação, pois, segundo o cardiologista, pode ser que ela esteja relacionada à outra causa, como alteração congênita, ou problema de rins, que pode ser resolvida e efetivada a cura. “A hipertensão secundária, como é chamada, ocorre em menos de 5% nos pacientes. Você trata o problema relacionado e o indivíduo pode ter uma vida normal sem a hipertensão.” As causas e os métodos de detecção são diferentes e o potencial de cura depende da detecção precoce, explica.

Publicidade

Veja também